Ainda na quinta etapa de um campeonato com dezenove eventos pode ser prematuro apontar que um piloto é grande favorito ao título, mas a forma de Marc Márquez, somado aos erros dos seus principais adversários já deixa o espanhol da Honda com a mão na taça, no que seria um incrível quinto título em seis temporadas de MotoGP para Márquez.
A corrida em Le Mans lembrou um pouco a corrida de F1 em Barcelona em termos de (falta) emoção. A escolha pouco ortodoxa de pneus de Márquez mostrou sua estrela de campeão. Enquanto o resto do grid escolheu pneus macios na traseira por causa do asfalto pouco abrasivo de Le Mans, Márquez optou pelos duros e mesmo não largando muito bem, Marc venceu com o pé nas costas, principalmente às custas dos erros alheios. Saindo da pole position e com o circuito inteiro torcendo por ele, Johan Zarco largou muito mal e estava em sexto na primeira curva, mas demonstrando sua agressividade e a gana de vencer não apenas pela primeira vez, como na frente de sua torcida, Zarco pulou para segundo na freada da chicane, assustando até mesmo Márquez, que caiu várias posições com a manobra brusca do francês. Zarco colou em Lorenzo, novamente fazendo uma largada fabulosa, mas caiu sozinho na curva mais lenta do circuito, deixando sua torcida com as mãos na cabeça ao ver a cena. Mais cedo, Doviziozo vinha com ritmo de quem, no mínimo, brigaria pela vitória e após ultrapassar Lorenzo e assumir a ponta, Dovi saiu de suas características e errou sozinho na temida curva 4, abandonando pela segunda corrida consecutiva.
Márquez, já dono da melhor volta da corrida, viu todas essas quedas de camarote e o único trabalho foi deixar o descendente Lorenzo para trás para vencer com sobras uma corrida definida pelos erros dos favoritos, mas também estava claro que Márquez poderia perfeitamente vencer se Zarco e Doviziozo estivessem correndo no momento da bandeirada. Com seus principais rivais zerados, Márquez já abriu mais de trinta pontos sobre o vice-líder Maverick Viñales, que mais uma vez fez uma corrida esquecível. Danilo Petrucci voltou aos bons termos ao fazer uma bela segunda posição, mas talvez sua irregularidade deixe a Ducati oficial com uma pulga atrás da orelha para contrata-lo. Lorenzo utiliza a tática de largar muito bem, se segurar como pode, mas é nítido como o espanhol ainda não está a vontade na Ducati e na segunda metade da corrida Lorenzo vai perdendo posição após posição, hoje terminando em sexto, logo atrás do seu velho e resistente rival Daniel Pedrosa. Valentino Rossi mostrou o porquê ainda tem contrato com a Yamaha. Longe, muito longe do seu auge, Rossi ainda consegue fazer um algo a mais com o seu equipamento e subiu no pódio em Le Mans, enquanto Maverick Viñales, no que já considero a grande decepção do ano, teve que lutar muito para ser sétimo após andar em décimo segundo em boa parte da corrida.
Com o vice-líder fazendo uma temporada opaca, o atual vice-campeão caindo duas vezes seguida e os demais pilotos da Honda oficial (Pedrosa e Cruthlow) caindo sem parar, ninguém tem dúvidas de que Marc Márquez já é o favoritaço para conquistar o título desse ano.
motoworldbrasil.wordpress.com/2018/05/20/gp-da-franca-pecados-frustracoes-e-alentos/
ResponderExcluirMarquez está com as duas mãos na taça. Só a perde se voltar o santo de 2015.
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