Mesmo completando a dobradinha da Red Bull em Barcelona, Sergio Pérez não compartilhava a felicidade dos seus pares. O mexicano tinha cedido duas vezes sua posição para Verstappen e na única vez em que estava em melhores condições do que o neerlandês, Max negou a dar sua posição para Checo. 'Iremos conversar depois da corrida', exclamou Pérez ainda dentro do carro após a bandeirada. Ninguém sabe ao certo o teor da conversa que Pérez teve com sua equipe, mas a realidade foi que o mexicano chegou em Mônaco mordido e fez algo raríssimo na F1 atual: colocou Max Verstappen no bolso. Nas apertadas ruas de Monte Carlo, Pérez andou constantemente na frente de Verstappen em todos os treinos, incluindo a classificação, o notório ponto fraco de Checo. Correndo com o capacete de Pedro Rodríguez, Sergio Pérez fez uma prova que seu falecido compatriota aplaudiria. Além de andar sempre na frente de Verstappen durante a corrida, Checo usou sua experiência para ir aos pits no momento certo, tanto para colocar os pneus intermediários, como para colocar os slicks, superando a ousada tática de Sainz, que valeu a vitória para o mexicano. Pérez colocou os pneus médios após a bandeira vermelha e soube segurar a pressão de Sainz quando, com pneus duros, estava melhor 'calçado' do que o mexicano e pressionou no final, mas Pérez foi perfeito, não colocou a roda fora do lugar em nenhum momento para conseguir sua terceira vitória na F1 e a primeira em 2022. Agora tendo apenas quinze pontos de desvantagem para Verstappen, a Red Bull não terá muitos argumentos para mandar Pérez ceder seu lugar nas próximas provas.
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