No primeiro circuito convencional desde a primeira etapa no Bahrein, boa parte das equipes trouxeram para Barcelona novos pacotes, pequenos ou grandes, para tentar diminuir a gigantesca vantagem que a Red Bull hoje tem sobre as demais. A Ferrari foi uma das equipes a trazer novidades, mas ao invés de dar um pulo para frente, os italianos deram um verdadeiro passo para trás, pois os problemas do carro de 2023 ficaram ainda mais evidentes em Barcelona. Em volta rápida, a Ferrari permanece muito forte, apesar da bisonha classificação de Charles Leclerc, ficando ainda no Q1 e amargando uma penúltima posição no grid. Em compensação, Carlos Sainz garantiu um lugar na primeira fila, com um tempo muito próximo do pole Verstappen. Contudo, isso já tinha sido visto em 2023 com a Ferrari. O diferencial seria visto no domingo, quando o calcanhar-de-Aquiles da Ferrari aparece para atormentar a trupe de Maranello: o ritmo de corrida e o desgaste de pneus. Sainz ainda largou bem e incomodou Verstappen, mas aquele foi basicamente o único momento da Ferrari na corrida. Com um ritmo de corrida ruim e a pista de Barcelona destruindo os pneus, a ânsia da Ferrari em queimar a borracha da Pirelli ficou ainda mais evidente, deixando Carlos Sainz praticamente indefeso contra os ataques da Mercedes e Sergio Pérez. E se Alonso não tivesse um final de semana ruim, talvez a queda de Sainz seria ainda maior. O fato foi que Sainz despencou para quinto após largar em segundo, sem poder fazer nada contra seus rivais mais próximos, enquanto Leclerc igualmente fez uma corrida onde era nítido o sofrimento do monegasco com os pneus. Ao contrário do que se espera de um piloto de equipe grande quando larga mais atrás, Leclerc não fez uma avassaladora corrida de recuperação, só ganhando posições pelas paradas alheias e Charles terminou em 11º, fora dos pontos. Para quem esperava chegar mais perto da Red Bull, a Ferrari ficou cada vez mais perto da... Alpine!
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