Bagnaia só não liderou os pouco mais de 115 km de distância do Grande Prêmio da Itália por causa da largada relâmpago de Jack Miller, que emergiu na ponta ao contornar a primeira curva, mas o pole Bagnaia não demorou mais uma curva para ultrapassar o australiano da KTM e liderar todas as voltas para vencer com certa tranquilidade. Quando Jorge Martin rapidamente ultrapassou Miller, Bagnaia viu o espanhol da Pramac ficar quatro décimos atrás, porém Pecco sabe a sanha que Martin tem pelos pneus, ainda mais largando com pneus mais macios. Bagnaia controlou o ímpeto inicial de Martin sem maiores arroubos e quando a borracha de Jorge começou a gritar, Pecco abriu uma confortável diferença para vencer e abrir ainda mais na liderança do campeonato. Se na Sprint o vice-líder Bezzecchi chegou logo atrás de Bagnaia, na corrida principal Marco esteve longe até mesmo da briga pelo pódio, finalizando apenas numa pálida oitava posição. Com um equipamento inferior ao de Bagnaia, mesmo que seja uma Ducati, ainda falta a Bezzecchi uma maior consistência, mesmo não podendo negar o grande trabalho feito pelo italiano em 2023.
Ao ultrapassar Miller, Martin rapidamente abriu do terceiro colocado e isso salvou o segundo lugar do espanhol. Miller segurou um pouco o pelotão, mas isso acabou sendo decisivo, pois quando Jack foi ultrapassado por causa de uma manobra kamizake de Alex Márquez, Jorge Martin já tinha mais de 1s de vantagem. Inicialmente Marini e Marc Márquez brigaram pelo último lugar do pódio, mas o piloto da Honda caiu sozinho, continuando uma série de quedas de Márquez que vai destruindo o seu campeonato. Seu irmão mais novo foi para cima de Marini, conseguiu a ultrapassagem, mas Alex acabou caindo sozinho. Dia não muito bom pra família Márquez. À essa altura Johan Zarco, que cuida muito bem dos pneus, já estava na briga pelo terceiro lugar e ao ultrapassar Marini, esboçou um ataque em cima do companheiro de equipe Martin, recebendo a bandeirada mais próximo do espanhol, do que Martin de Bagnaia. Mais algumas voltas e Zarco beliscava o segundo lugar.
Pódio inteiramente da Ducati e a primeira moto não-Ducati foi o quinto colocado Brad Binder, de KTM. E as motos japonesas? Com a queda de Marc Márquez, coube a Fabio Morbidelli ficar em décimo com a Yamaha, logo à frente do impotente Fabio Quartararo, cada dia mais descontente com a situação de sua equipe. Honda e Yamaha sofrem com uma filosofia que foi amplamente superada pelas montadoras europeias. Enquanto isso, Bagnaia, quando tudo está certo, passeia pelo campeonato. Se não é um piloto talentosíssimo, Pecco tem a serenidade para ser o piloto número um da moto dominante da MotoGP. Basta errar menos para que o bi venha ao natural.
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