domingo, 11 de junho de 2023

Volta triunfal

 


Com o teto orçamentário na F1, a Ferrari resolveu usar parte dos seus enormes recursos em algo que os italianos já fizeram história: nas 24 Horas de Le Mans. Já tendo o know-how da tecnologia híbrida na F1, a Ferrari retornou ao Endurance e lá a trupe de Maranello percebeu que a concorrência seria muito forte. Havia a Toyota, que após anos batendo na trave em Le Mans, emendou uma sequência de vitórias onde, verdade seja dita, praticamente não havia concorrência. E para 2023, os nipônicos teria uma concorrência fortíssima. Além da Ferrari, a Toyota teria que lidar com Porsche/Penske, Cadillac/Ganassi e a Peugeot.

Para voltar a vencer em Le Mans, a Ferrari não apenas que bater uma montadora bastante estabelecida no WEC, como outros três titãs do automobilismo, com parcerias fortíssimas vindos da Indy, com experiência muito grande na IMSA. A edição centenária das 24 Horas de Le Mans já entrou para a história como uma das mais disputadas da história, onde todas as montadoras citadas lideraram em algum momento a corrida e que em certos momentos, o ritmo era tão forte que nem parecia uma corrida de resistência. Com seis horas de prova, quinze segundos separavam os cinco primeiros! Sem contar as duas trombas d'água que caíram em Sarthe, onde a corrida foi bagunçada, muitos pilotos saíram da pista e houveram intermináveis sessões atrás do Safety-Car, que foi o ponto negativo dessa edição.

No fim, sobraram a Ferrari de Alessandro Pier Guidi, Antonio Giovinazzi e James Calado disputando a vitória contra a Toyota de Brendon Hartley, Sebastien Buemi e Ryo Hirakawa. E foi Hirakawa, que bateu seu carro faltando pouco mais de duas horas, que praticamente definiu a vitória para a Ferrari. Mesmo com um susto no último pit-stop, Pier Guidi levou sem maiores problemas sua Ferrari de número 51 até a bandeirada, encerrando um jejum de 59 anos da equipe de Maranello em Le Mans. Uma volta triunfal!

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