Tony Kanaan venceu com categoria o GP do Japão da IRL nesta madrugada. Sempre entre os mais rápidos no final de semana, Kanaan mostrou que a Andretti-Green está mesmo de volta ao panteão das favoritas desse ano. Kanaan teve que fazer uma corrida de espera no começo da disputa e quando as coisas clarearam, o baiano partiu para cima dos líderes e passou a brigar com o então líder Dan Wheldon, piloto que ponteou pelo maior número de voltas. Na volta 135, o momento decisivo da corrida. Marco Andretti, companheiro de equipe de Kanaan, bateu e forçou uma bandeira amarela. Todos os pilotos aproveitaram a bandeira amarela para reabastecer, mas ficou a dúvida no ar. Será que dá para completar a corrida sem um pit-stop? Por mais que a bandeira amarela durasse mais do que o preciso, estava na cara que, no mínimo, um splash-and-go seria necessário, mas como chefe-de-equipe americano gosta de inventar, a maioria dos pilotos diminuíram bastante seu ritmo na tentativa de chegar ao final. Kanaan e Wheldon foram diferentes (para não dizer inteligentes) e apertaram o da direita.
Como previsto, faltando menos de 20 voltas os líderes pararam, mas os "poupadores de combustível" também pararam e a briga ficou mesmo entre Kanaan e Wheldon com vantagem para o brasileiro apesar dos ataques do inglês nas últimas duas voltas. Ao sair do carro, Kanaan surpreendeu ao anunciar que sua esposa estava esperando um filho. E como felicidade pouca é bobagem, Kanaan assumiu a segunda posição do campeonato, apenas três pontos atrás de Wheldon, justamente os três pontos que Wheldon conquistou ao liderar o maior número de voltas. Mas se há alguma coisa entre Kanaan e Wheldon é amizade e carinho. Mesmo perdendo a corrida, Wheldon fez questão de abraçar Kanaan na frente das câmeras.
Basicamente esses foram os dois protagonistas da corrida deste sábado. Helio Castroneves, o pole, largou bem e disparou até a segunda bandeira amarela. Daí em diante o brasileiro perdeu rendimento e ainda teve sorte em terminar em sétimo, pois seu companheiro de equipe, Sam Hornish Jr., teve problemas em seu splash-and-go e deixou o motor morrer. A Penske, por sinal, decepcionou, pois tirando a boa exibição de Hélio no começo da corrida, a equipe de Roger Penske nunca brigou mais seriamente pela vitória.
A Andretti-Green mostrou força ao colocar Dario Franchitti em terceiro, mas como não poderia deixar de ser, nossa querida Danica Patrick não acompanhou seus companheiro de equipe e ficou em décimo-primeiro, a duas voltas de Tony. Agora, o momento presepada da TV. Durante a transmissão, Luciano do Valle, Antonio Pétrin e Celso Miranda discutiam a possibilidade da IRL vir para o Brasil. Até aí nada demais. O problema foi o Luciano abrir a boca e dizer que a Danica chamaria mais atenção que Schumacher aqui no Brasil. Se eu tivesse assistido a corrida ao vivo, de madrugada, eu juro que desligaria a televisão, mas como assisti um vt na integra de manhã, só fiquei mesmo impressionado com a besteira que o Luciano falou, por sinal, até então muito bem na transmissão, mas essa baboseira estragou a boa transmissão, que continua pecando pela leitura absurda de e-mails, que chega a dar raiva, e pelas infinitas promoções.
Agora, a IRL se prepara para o mês mais importante do ano. Próxima semana o circo da Indy dá uma passada em Kansas e então vai para o seu berço. Indianápolis. Uma corrida que vale muito mais que um campeonato e o melhor é que Tony Kanaan, esse excelente piloto ainda pouco conhecido por aqui infelizmente, vai com tudo para Indy. E melhor. Com a boa notícia de que será pai!
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