Quando Ayrton Senna chegou na F1, principalmente quando estreou na Lotus e passou a estar mais de perto pela vitória, havia um incômodo geral por parte dos outros pilotos com o jovem paulistano por causa de sua impetuosidade, além de uma forma questionável (na época) de defender posições. Porém, ninguém podia negar a velocidade de Senna e antes de passar a ser admirado pelos seus pares quando veio os três títulos em quatro anos, Senna causava um sentimento de 'ame ou odeie' dentro do paddock da F1. Passados mais de trinta anos, Max Verstappen vem causando um rebuliço parecido dentro da F1 e quinze dias depois das pataquadas no México, o holandês fez uma corrida simplesmente histórica em Interlagos, debaixo de uma chuva forte e contínua. O piloto da Red Bull parecia ter apenas Lewis Hamilton como adversário para vencer a corrida em Interlagos, pois Max deixou Raikkonen e Rosberg para trás de forma constrangedora para os dois trintões. Porém, querendo dar o pulo do gato, a Red Bull chamou o holandês para os boxes e colocar pneus intermediários bem no momento em que a chuva aumentou. Um novo pit-stop foi necessário para colocar os pneus certo. E iniciar uma das pilotagens mais impressionantes dos últimos tempos. Largando atrás do safety-car em 16º, Max Verstappen começou uma recuperação nas dezesseis voltas seguintes que ficará para sempre na memória de quem assistiu o Grande Prêmio do Brasil do último domingo. Verstappen passava os demais pilotos, os melhores do mundo, numa pista encharcada e desconhecida para o holandês, como se os outros fossem amadores, enquanto o piloto da Red Bull parecia ter um novo tipo de pneu de chuva, que lhe fazia andar até 2s mais rápidos do que seus pares. Para sorte de Nico Rosberg no quesito campeonato, a corrida acabou e Verstappen terminou em terceiro lugar. Ninguém sabe o futuro, mas Max Verstappen vem se mostrando não apenas um futuro campeão e demolidor de recordes de precocidade, mas uma estrela gigante na história da F1.
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