Quando se fala na década de 1970 na F1, logo vem à mente três pilotos: Jackie Stewart, Emerson Fittipaldi e Niki Lauda. Dono de seis títulos no total nesse período (Stewart venceu pela primeira vez em 1969 e Lauda o último em 1984), esses três pilotos foram as grandes estrelas da F1 naqueles tempos, mas haviam piloto que transcendiam um pouco a eficiência mostrada por esses trio de gigantes. Numa época em que a aerodinâmica não tinha tanto peso no desempenho do carro, pilotos agressivos muitas vezes se sobressaíam com suas derrapagens controladas e ganhavam fãs em todo o mundo. Clay Regazzoni, James Hunt e Jody Scheckter foram alguns dos pilotos dos anos 1970 que não conquistaram tantos títulos, mas eram dos mais populares na época.
Ronnie Peterson e Patrick Depailler são dois pilotos dessa estirpe, em especial o sueco. Dono de uma tocada espetacular, Peterson conquistou fãs em todo o mundo, mesmo as vitórias terem sido ocasionais em sua carreira que durou exatamente toda a década de 1970. Depailler tinha uma personalidade mais discreta, mas o francês também era muito rápido e atraiu muitos fãs, mesmo ele tendo conquistado apenas duas vitórias na carreira. Na verdade, a primeira vitória de Depailler demorou muito a acontecer, deixando toda a F1 agoniada, para saber quando o francês subiria merecidamente pela primeira vez ao topo do pódio.
Quarenta anos atrás, em Kyalami, Depailler estava prestes a quebrar o tabu com seu Tyrrell. O francês liderava a prova após os abandonos de Patrese e Lauda, mas Patrick teve que diminuir o ritmo no final para evitar uma pane seca. Com isso, Peterson, que fez uma corrida fora de suas características, usando muito a cabeça, se aproximou do francês nas duas voltas finais. Muitos falam da espetacular disputa entre Arnoux e Villeneuve em Dijon/1979, mas na minha visão, essa briga na última volta entre Peterson e Depailler não fica muito para trás.
Deliciem-se.
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