É bem antigo no automobilismo. Nem sempre o carro mais rápido vence e em Melbourne aconteceu exatamente isso. Hamilton tinha a faca e o queijo na mão para vencer mais uma vez na Austrália, mas o inglês e a Mercedes não contavam com a astúcia da Ferrari, que soube usar a estratégia para reverter o quadro a seu favor. Com Hamilton tendo feito uma grande volta na classificação, a Ferrari esperava que o ritmo de corrida fosse melhor e as primeiras voltas mostraram os italianos mais próximos da Mercedes, mas ainda assim Hamilton só perderia a corrida se algo de anormal acontecesse. Um safety-car não é nada de anormal numa corrida de F1 atual, mas a Ferrari viu aí a oportunidade de conseguir uma vitória improvável. Mostrando o quão importante é ter dois pilotos competitivos (vide a segunda parte da coluna), a Ferrari parou Raikkonen com um terço de prova e para cobrir o então segundo colocado, a Mercedes trouxe Hamilton para os boxes fazer a única parada do inglês. Então Vettel ficou na pista e como o próprio alemão confidenciou, rezou por uma bandeira amarela, que não tardou em acontecer pelo inacreditável problema da Haas. O alemão aproveitou para fazer seu pit-stop e emergir na frente de Hamilton, que mesmo mais rápido, não tinha a velocidade suficiente para ultrapassar o rival. Vettel não mudou nenhuma vez sua trajetória para se defender e reagiu aos ataques de Hamilton com voltas mais rápidas, indicando que a desvantagem da Ferrari não é tão grande assim. A Ferrari ainda tem que melhorar para se igualar à Mercedes, mas mostrou em Melbourne que sabe tirar vantagem dos problemas alheios para vencer.
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