Scott Dixon. O que falar desse neozelandês de 38 anos de idade e que antes de Lewis Hamilton ou Sebastian Vettel, já é pentacampeão? De um piloto que conquistou seu primeiro título há quinze anos e se mantém motivado como se ainda perseguisse o primeiro campeonato. Que hoje, só vê à sua frente o mito A.J. Foyt.
A Indy confirmou mais uma vez que Scott Dixon, que estreou na então CART em 2001 pela equipe PacWest, é um dos seus melhores pilotos em toda a história. Dixon é o que se pode chamar de piloto completo. Sabe ser rápido quando necessário, extrai mais do carro quando é necessário e tem uma leitura da corrida excepcional, o que já garantiu à Dixon muitas vitórias improváveis. A faceta do título de Dixon em 2018 foi tirar mais do carro. A Chip Ganassi ainda é uma das grandes da Indy, mas com uma retenção cada vez maior de custo, a Ganassi perdeu dois carros em relação ao ano passado e ao lado de Dixon teve o inexpressivo Ed Jones. O neozelandês teve que levar a equipe literalmente nas costas, em um campeonato onde o novo kit aerodinâmica universal fez com que a Penske tivesse seu domínio podado, mas viu o crescimento da equipe Andretti.
Dixon usava todo o ser arsenal para conquistar pontos importantes e três vitórias contra todos os prognósticos, pois em nenhum momento a Ganassi se mostrou forte como em outros anos. Um exemplo disso foi que Dixon não conseguiu uma única pole na pista, mas sua regularidade foi simplesmente espantosa. Em dezessete corridas em 2018, Dixon conseguiu quinze top-10! O neozelandês não abandonou nenhuma prova esse ano. Num campeonato equilibrado, mas com muita inconstância por causa do carro novo, essa regularidade de Dixon mostrou-se primordial.
Na última corrida de Sonoma na Indy, Dixon fez o básico para garantir o título, até mesmo porque seu único rival a sério praticamente jogou suas chances fora na primeira curva da corrida. Alexander Rossi tinha que chegar à frente de Dixon de forma obrigatória. Tirando outro coelho da cartola, Dixon conseguiu a segunda posição no grid, com Rossi apenas em sexto. Na confusa primeira curva do circuito, Rossi acabou batendo na traseira do companheiro de equipe Marco Andretti, caindo para último. Sabendo do infortúnio do rival, Dixon apenas comboiou Ryan Hunter-Reay até o fim para garantir mais um título.
Foi um título conseguido mais na base da inteligência do que da velocidade pura. Scott Dixon continua fazendo história no automobilismo.
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