Enquanto a F1 via Lewis Hamilton destruir a concorrência, a Indy via a classificação da segunda corrida em Road America acontecer com algumas surpresas. O mexicano Pato O'Ward da McLaren ficou com a pole, com o novato Alex Palou ao seu lado na primeira fila e Colton Herta completando os três primeiros. A média de idade do top-3 no grid de hoje foi de 21,3 anos! Se Palou e Herta não se mantiveram na luta pela vitória, O'Ward liderou a prova inteira, mas acabou traído pelos pneus e superado na penúltima volta por Felix Rosenqvist, de 28 anos, que conseguiu sua primeira vitória na Indy e manteve o 100% da Ganassi.
Com pilotos tão jovens nas duas primeiras filas havia um receio de incidentes na largada. Os incidentes realmente aconteceram, mas envolveram pilotos experientes. Will Power (39 anos) tocou em Ryan Hunter-Reay (39), jogando o piloto da Andretti no muro. Algumas curvas depois, Power tocou em Graham Rahal (31), que ainda foi tocado por Rosenqvist antes de bater forte no muro. Enquanto isso, O'Ward começava a sua dominação numa prova que só teria mais uma bandeira amarela (trazida por um trapalhão Power, que rodou sozinho). Atrás do piloto da McLaren, Palou não repetia a corrida de ontem e era superado por Herta, que já tinha a raposa felpuda Scott Dixon em quarto. Se largando em nono o neozelandês venceu ontem, largando em sexto seria mais fácil, certo?
Errado! Dixon teve um dia daqueles, onde não se acertou com os pneus duros e ainda deixou seu carro morrer no último pit-stop, fazendo o líder do campeonato cruzar a linha de chegada apenas em 13º. Se Dixon não ia para frente, seus companheiros de equipe na Ganassi faziam o serviço. Os suecos Rosenqvist e Marcus Ericsson andaram muito bem, com destaque para o primeiro, que ao assumir a segunda posição, diminuía a diferença para um dominante O'Ward até ter um pequeno problema em seu segundo pit-stop. Com um carro mais acertado, Rosenqvist não desistiu e foi tirando a diferença novamente para Pato O'Ward, que escolheu usar pneus macios usados no último stint. Nas voltas finais Pato estava tão lento que foi ultrapassado até pelo retardatário Conor Daly. Rosenqvist foi forte para cima de O'Ward, mas o mexicano, mesmo sem pneus, não entregou a posição fácil, chegando a tocar no sueco algumas vezes, porém, Rosenqvist completou a ultrapassagem vencedora na penúltima volta.
Não deixa de um alívio para o sueco, que teve um ano de novato com alguma irregularidade, mas mostrando potencial em 2019, contudo, 2020 vinha sendo um ano complexo para Rosenqvist, até pela cruel comparação com Dixon, que teve o início de campeonato mais forte na Indy desde 2006. Outro que teve uma corrida redentora foi Alexander Rossi, que após três corridas terríveis, conseguiu um sólido pódio. Decepção total para a Penske, que viu Power bater em dois carros na primeira volta e rodar na quinta, além de Newgarden nem de longe repetir a dominação de ontem e com Pagenaud fazendo outra corrida apagada. Mesmo fazendo uma corrida fora de suas características, Dixon se mantém tranquilo na ponta do campeonato, mas pelo menos vê em Rosenqvist um possível escudeiro contra os ataques de rivais num futuro próximo.
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