Hungaroring é um circuito bem diferente de Spielberg e, quem sabe, a diferença da Mercedes para as demais poderia diminuir, certo? Completamente errado! Lewis Hamilton bateu o ponto para conseguir sua pole de número 90, sem dúvida nenhuma um número incrível, mas que o histórico inglês mal suou seu belo macacão preto. Bottas completou a dobradinha numa pilotagem burocrática, bem de acordo com o nórdico. Então veio um abismo para as demais, liderada de forma surpreendente por Lance Stroll.
A classificação de hoje teve de suspense apenas as nuvens negras ameaçadoras no horizonte, mas não houve pista molhada e, sim, houve alguns desempenhos bem interessantes, como a Williams colocar seus dois carros no Q2, com George Russell marcando um tempo menos de um décimo atrás de Verstappen. Com a Ferrari tendo o pior motor de 2020, Haas e Alfa Romeo agora brigam para não ficar com a última fila, que na Hungria ficaram com os italianos. Pela draga que está 2020, a Ferrari colocar seus dois carros no Q3 foi marcante, mas ainda assim muito longe da Mercedes, que dominou todo o final de semana com uma facilidade que lembrou bastante os anos de ouro da Ferrari de Schumacher e companhia bela.
O atual domínio da Mercedes não era tão enfático como o da Ferrari, quando Schumacher e Barrichello completavam dobradinhas em todas as sessões, com diferenças até mesmo superiores a 1s na classificação. Dá para dizer que a Mercedes conseguiu isso hoje. Muitos méritos por uma equipe gerida de forma espetacular por Toto Wolff, que tem entrosamento e um piloto que faz realmente a diferença com Lewis Hamilton. Porém, não dá para negar a fraqueza das suas principais rivais. Se Red Bull e Ferrari andavam próximas no segundo semestre de 2019, esse ano estão tomando 1.5s, lembrando o que foi a temporada de 2004. Max Verstappen fez o que pôde com um carro desequilibrado, mas acabou se conformando com um melancólico P7, atrás até mesmo da claudicante Ferrari. Albon foi outra decepção, ficando sete décimos atrás de Max no Q2 e tomando tempo até da Williams de Russell. Isso, em outros tempos da Red Bull, poderia significar rebaixamento sumário, mas Helmut Marko simplesmente não tem jovens pilotos no estoque. Outro que não dá para defender é Sergio Pérez. O mexicano é um bom piloto, mas tomar tempo de Lance Stroll pega muito mal para um piloto que está vendo sua vaga ameaçada por Vettel, que tem todo um lobby a apoia-lo a ficar na F1. Além de todos saberem que Stroll só estar nessa posição por ser filho do dono da equipe.
Red Bull vem tendo um péssimo final de semana, o mesmo acontecendo com Albon, Pérez e as clientes da Ferrari. Nesse novo normal, a Ferrari até teve um brilhareco nesse sábado. Sendo mais fácil copiar do que criar, a Racing Point by Stroll ficou como segunda força com um carro idêntico a Mercedes e a equipe alemã não tem nada com isso. Não se pode culpar uma equipe por ser mais eficiente do que as outras, além das rivais estarem em dificuldades. Prognósticos? Somente se uma chuva fora de hora amanhã atrapalhar Hamilton e a Mercedes.
acredito que amanhã é outra dobradinha da Mercedes, com o Perez completando o pódio
ResponderExcluiruma pergunta João: qual sua opinião sobre os brasileiros da F2 e F3? (Drugovich, Piquet, Samaia, Fittipaldi e Fraga)
Nenhum me encanta
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