Dessa vez a Ferrari colocou seus dois pilotos no Q3 e Vettel conquistou um sexto lugar em Hungaroring. Um feito e tanto pelo o que aconteceu nas duas corridas anteriores, mas muito, muito pouco para uma equipe como a Ferrari. No entanto não faltaram erros básicos estratégicos na corrida que acabaram atrapalhando Charles Leclerc e somente a experiência de Vettel salvou um pouco a corrida ferrarista. A prova magiar começou até bem para os vermelhos, com os dois carros da Ferrari dando um bom pulo na frente, mas com a pista molhada secando rapidamente, era claro que os pits seriam visitados rapidamente para colocar pneus slicks. Mas qual pneu usar? Havia uma previsão de chuva para alguns minutos. A Ferrari resolveu então colocar pneus macios em seus dois pilotos. Quando foi chamado para os boxes para colocar pneus macios, Vettel imediatamente questionou a equipe e salvou o dia da Ferrari. O alemão pediu pneus médios. O pneu macio simplesmente se desgastava rápido demais em pista seca e o serviço meteorológico húngaro ainda não havia acertado uma. O coitado do Leclerc voltou à pista com pneus macios, a esperada chuva realmente não veio e isso acabou transformando a corrida do monegasco num calvário, fazendo-o ficar 6s da Haas em determinado momento. Sem ritmo a corrida toda, Leclerc foi ultrapassado pelo ascendente McLaren de Carlos Sainz (futuro companheiro de equipe de Charles) nas voltas finais, saindo dos pontos. Num circuito mais travado, a falta de potência da Ferrari ficou escondida e se não fosse os erros táticos (mais um) da equipe de Maranello, talvez Leclerc estivesse no mesmo patamar de Vettel no final da corrida. A falta de potência nos motores Ferrari é latente, com não apenas os carros italianos, mas também Haas e Alfa Romeo sendo os mais lentos em velocidade de ponta. Com a F1 praticamente congelada para 2021 devido à pandemia, o futuro a curto-médio prazo da Ferrari não é nada animador, já que a boa velocidade em curvas não compensa em melhorar a situação da Ferrari. Uma situação que ameaça muita gente, principalmente o chefão Mattia Binotto.
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