sexta-feira, 4 de março de 2022

Alto nível

 


A MotoGP inicia sua temporada 2022 já com uma marca indelével: o alto nível. São seis marcas brigando fortemente entre elas, com vários pilotos talentosos para tentar se sobressair. Comparando com a F1, era como se houvessem apenas Mercedes, Red Bull, Ferrari, McLaren e Alpine brigando sem pilotos-pagantes, sempre escolhendo o que há de melhor no mercado. Pois isso acontece na MotoGP e quem sai ganhando somos nós.

Atual campeão da categoria, Fabio Quartararo é um dos mais insatisfeitos do grid. Sempre ligado à Yamaha, o talentoso francês mostrou força aliado a sua velocidade para ser campeão em 2021 mesmo com a Yamaha claramente tendo problemas de potência frente às rivais. Após a festa pelo título, Fabio começou a cobrar melhorias na sua moto e meio que condicionou sua renovação de contrato a isso. Ano passado a Yamaha muitas vezes teve apenas Quartararo na ponta, algo como acontece na Honda, mas Franco Morbidelli espera acabar com isso em 2022, além da experiência de Andrea Doviziozo, na equipe satélite. Para desespero do francês, a Yamaha manteve seus pontos fortes, mas ainda deixando muito a desejar no quesito velocidade de ponta e Quartararo teme sofrer o mesmo que o campeão de 2020 Joan Mir, incapaz de defender seu título.

Falando no espanhol, a Suzuki foi uma das motos que mais evoluíram para 2022 e com sua forte dupla de pilotos, parte sólida para essa temporada. Sempre inspirada na Yamaha, a Suzuki encontrou os cavalos não encontrados pelo seu inspirador e com a solidez de Mir, espera estar na briga pelo título novamente, enquanto Alex Rins espera cair menos. Contudo, a moto que mais chamou atenção foi mesmo a Ducati. Apesar de ter perdido o título para Quartararo, os italianos conquistaram o Mundial de Construtores e foi a que mais venceu em 2021. Surpreendentemente liderados por Pecco Bagnaia, a Ducati ainda se mantém forte pela potência do seu motor, mas com mais maneabilidade. Era esperado que Jack Miller fosse o líder da equipe, mas o australiano se perdeu em quedas e Bagnaia assumiu o posto de líder da equipe, ficando com o vice-campeonato do ano passado. Porém, a Ducati ainda tem várias peças importantes para tentar conquistar o título de pilotos após quinze anos com Stoner. Jorge Martin foi o novato sensação, com poles e vitórias em 2021, Zarco mostrou sua experiência, enquanto Enea Bastianini é uma estrela em ascensão. A Ducati terá o maior contingente de motos, com oito no total.

A Honda espera que finalmente Marc Márquez esteja plenamente recuperado do seu grave acidente de 2020 e sua queda enquanto treinava no final do ano passado. Enquanto isso, a Honda luta para diminuir a dependência do multi-campeão Márquez e a pré-temporada indicou que a montadora está nesse caminho, com bons desempenhos de Pol Espargaró, Alex Márquez e Nakagami. No entanto, é inegável que a Honda espera um Marc Márquez realmente forte para ser a ponta de lança na luta pelo título.

Menos votadas, KTM e Aprilia esperam fazer temporadas mais forte e continuem evoluindo. Após um 2020 com vitórias, a KTM ficou abaixo das expectativas em 2021, mesmo com duas vitórias. O time austríaco espera retornar a crescer. A Aprilia acabou com a parceria com a Gresini e contratou o polêmico Maverick Viñales. Muito rápido, Viñales tentará refazer sua carreira na Aprilia ao lado de Aleix Espargaró, com quem teve boas lembranças na Suzuki em 2016.

2022 será o primeiro ano sem Valentino Rossi nas pistas, mas o mito italiano estará no paddock com sua equipe, além do seu irmão mais novo. 

Como sempre a MotoGP tem a expectativa de nos mostrar ótimas corridas, com tanta gente boa com ótimas máquinas nas mãos.  

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