Na sexta-feira a cidade de Jedá foi alvo de um ataque terrorista vindo do Iêmen, cuja minoria está em guerra contra a Arábia Saudita desde 2014. O alvo, uma refinaria de petróleo, estava a cerca de dez quilômetros da pista de Corniche e enquanto os treinos livres ocorriam, um forte cheiro de queimado emanava do local, além de uma enorme coluna de fumaça no horizonte. Tudo isso já seria mais do que justificável para que a F1 arrumasse as malas e se mandasse dali o mais breve possível, porém, a Liberty Media na figura do seu presidente Stefano Domenicalli soltou a gafe do ano até agora: Me sinto totalmente seguro aqui. Hein? A dez quilômetros de um alvo militar? E se os iemenitas errassem o alvo e o míssil caísse no meio dos boxes? Foi uma atitude absurda da Liberty, que chegou a declarar que se alguém estivesse incomodado estava livre para ir embora, mas quando os vinte pilotos colocaram na mesa um boicote pela situação, Domenicalli foi o primeiro a se meter na reunião (junto, é verdade, do presidente da FIA e dos chefes de equipe) para que o cronograma ocorresse normalmente. Não bastasse correr num país que pratica o chamado sportwashing de forma descarada, a Liberty simplesmente fechou os olhos para um atentado terrorista num lugar próximo da circuito. Apesar dos vários ganhos da Liberty em vários itens para a F1, o comportamento da empresa deixou bastante a desejar ao ignorar algo que deveria ser sagrado na F1: a segurança.
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