A Indy voltou aos circuitos mistos no histórico autódromo de Watkins Glen, para mais um show de competência da equipe Penske. Apesar de ter conquistado a pole em todas as oportunidades desde que a tradicional pista entrou no calendário da IRL, a Penske não vencia em Glen desde 1981 com Rick Mears e para não deixar dúvidas com relação ao azar, que sempre perseguiu os seus pilotos na pista, a equipe fez 1-2-3 no grid e em praticamente todas as voltas, um piloto da Penske liderou a corrida.
Antes de falar da corrida, Watkins Glen é uma pista que sempre nos trás notalgia, pois na década de 60 recebeu a F1 e viu corridas históricas em seu asfalto, como a vitória de Jim Clark em 1967 com seu Lotus-Ford, a primeira vitória brasileira em 1970 com Emerson Fittipaldi e por aí vai. Há 30 anos sem receber a F1, Glen ainda mantém boa parte do belo traçado, mas peca claramente no quesito segurança, com vários guard-rails próximos onde há curvas rápidas. Apesar de obsoleto, uma corrida em Watkins Glen sempre é emocionante e neste domingo não foi diferente.
Will Power se reencontrou com a vitória numa prova cheia de alternativas, onde um incidente entre Helio Castroneves e Scott Dixon fizeram com que os dois pilotos de ponta ficassem numa estratégia diferente e podendo dar o bote a qualquer momento. Infelizmente para eles, as bandeiras amarelas não os ajudaram e quem estava no pelotão da frente receberam a bandeirada em primeiro. Power, Ryan Briscoe e Dario Franchitti passaram a prova inteira juntos, pressionando um ao outro na briga pela ponta da corrida. Na verdade, Power não chegou a ser ultrapassado por nenhum deles, mas também não ficou a mais de 2s de Briscoe e Franchitti, que chegaram a trocar posições durante a prova, com o australiano executando a ultrapassagem final sobre o piloto da Ganassi na penúltima volta.
Com esse trio brigando pela ponta, o resto do pelotão se conformou em brigar pelas posições seguintes e as posições mudaram bastante de mãos, com destaque para Raphael Mattos, que foi o melhor colocado do 'resto' com um bom 4º lugar, numa atuação segura e sem erros. Kanaan vinha bem até ter que fazer um splash-and-go na última volta, o jogando para as últimas posições. As mulheres da categoria fizeram uma péssima corrida, inclusive com a melhor delas, Simona de Silvestro, causando a bandeira amarela mais longa. A ruindade de Milka Duno é indiscutível e somente no momento em que ela causar um sério acidente por sua lentidão, é que os comissários da IRL finalmente a proibirão de correr. Danica Patrick, a Bryan Herta de saia, mostra que só anda bem circuitos ovais longos, onde seu pequeno peso a ajuda. Em mistos, seu pouco talento fica evidente.
Com mais essa vitória, Power lidera o campeonato com ainda mais folga, enquanto seus maiores adversários são mesmo Franchitti e Briscoe. Um campeonato bem parecido com os anteriores, numa batalha particular entre Penske e Chip Ganassi, só mudando um ou outro piloto.
Sabe um coisa que eu não entendo. Com um circuito lindo como Glen, para que nova pista para GP dos EUA?
ResponderExcluirDinheiro Ron, gastar dinheiro para gerar dinheiro mesmo que de maneira ficticia. São os magos da ciranda financeiramente especulando e descobrindo filões em tudo que tocam. Mas concordo contigo, existem fantasticos autodromos pelos EEUU e só para citar uns 5 vemos a quantidade de bons autodromos que temos lá: Elhkart Lake, Laguna Seca, Long Beach, Watkins Glenn, Salt Lake City e Mid-Ohio são os mais conhecidos.
ResponderExcluirColocaria também Portland e o famoso aeroporto de Cleveland nesse panteão...
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