sábado, 31 de julho de 2010

Aqui estou!


Só algo muito extraordinário para que a Red Bull não vença a corrida amanhã em Hungaroring. A diferença que os carros azuis impôs sobre os adversários foi abismal e desde os tempos áureos da dobradinha Ferrari-Schumacher não víamos tamanha diferença de uma equipe sobre as demais.

O tempo marcado por Vettel foi tão bom, que bateu o recorde de Hungaroring, que pertecia a Schumacher desde 2004, quando a F1 corria com motores 3 litros e com a aerodinâmica praticamente no seu ápice. Mais assustador, foi a incrível diferença de 1.2s sobre Fernando Alonso, o primeiro carro não-Red Bull no grid. Porém, Vettel não vem se caracterizando por largadas muito auspiciosas e ao seu lado terá Mark Webber, que levou quase meio segundo de Vettel, mas num circuito de ultrapassagens quase impossíveis, uma ultrapassagem do australiano na primeira curva pode definir a prova.

Mesmo com todo o engodo das decisões ferraristas, Fernando Alonso vem derrotando Felipe Massa com uma constância preocupante para os torcedores do brasileiro. Como a Ferrari vem sendo a segunda força do campeonato, Massa ainda garantiu um lugar ao lado do espanhol, mas não há como negar o meio segundo que Felipe leva de Fernando em praticamente toda etapa deste mundial. Porém, largando lado a lado amanhã, será interessante o comportamento de Massa frente ao seu companheiro de equipe. Assim como o meu Ceará, a McLaren ainda não acordou depois da Copa do Mundo e dificilmente sairá líder do Mundial de Pilotos após a corrida húngara amanhã. Lewis Hamilton ainda tirou mais do que o carro poderia lhe dar e foi quinto, bem próximo de Massa, enquanto Button ficou no Q2, 'ajudado' por um erro seu em sua última tentativa. Caso parecido vive a Mercedes, que praticamente se segura com um piloto, em um carro decepcionante. Assim como é decepcionante as atuações de Schumacher, novamente levando muito tempo de Rosberg.

A Renault se aproxima do ritmo de McLaren e, principalmente, Mercedes e ainda vê com bons olhos o bom desempenho de Petrov na Hungria, com o russo largando à frente de Kubica em condições normais de classificação. Atrás deles, um representante de cada uma das equipes que mais cresceram nos últimos tempos, Williams e Sauber, mas não com seus principais pilotos. Barrichello não passou para o Q3 e Kobayashi foi ainda pior, ficando no Q1 ao ser atrapalhado por um Virgin. Para piorar, ainda passou reto quando foi chamado para conferir a pesagem e o japonês será punido.

Apesar de muita gente ter dito que irá boicotar o Grande Prêmio da Hungria, aqui estou pois as ordens de equipe, como já falei, são normais e tão antigas quanto a F1. Ninguém pensou em boicotar o Grande Prêmio do Brasil de 2008 quando Raikkonen deixou Massa passar, por exemplo. Domingo passado, a Ferrari errou feio nos seus procedimentos, mas fez algo que ela e outras equipes sempre fizeram. Poranto, a raiva (para quem está) irá passar e todos voltaremos a assistir as corridas como normalmente fazemos ao longo de vários e vários anos.

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