domingo, 18 de abril de 2021

Estreia perfeita


 Havia uma espécie de maldição do carro número 10 da Ganassi, onde vários pilotos por lá passaram e pouco sucesso fizeram, principalmente em comparação ao carro 9, que sempre foi guiado pela lenda Scott Dixon. Tentando acabar com esse problema mais uma vez, Chip Ganassi contratou o jovem Alex Palou, que se destacou em sua temporada de novato na pequena Dale Coyne ano passado. Seria mais tentativa do velho Chip, mas pelo o que demonstrou em sua estreia, Palou pode ter sido a escolha certeira, com uma corrida madura e sólida rumo a vitória logo em sua primeira corrida numa equipe grande.

A corrida de abertura da Indy no Alabama foi marcada por um grande acidente ainda na primeira volta, envolvendo vários protagonistas. Josef Newgarden colocou duas rodas na grama e rodou no meio da pista. O detalhe foi que o piloto da Penske vinha em sétimo e todo pelotão ainda estava por vir. Muitos pilotos não tiveram para onde ir e acertaram o carro de Newgarden num incidente potencialmente perigoso, mas sem ninguém ferido, felizmente. Além de Newgarden, Colton Herta, Ryan Hunter-Reay e Felix Rosenqvist tiveram que abandonar num chamado Big One.

O pole Pato O'Ward liderou boa parte da prova, mas ainda falta à McLaren a experiência que sobra para a sua irmã na F1. O circuito de Barber nunca foi fácil de ultrapassar e a estratégia sempre foi essencial para obter vantagem. Sem poder ultrapassar na pista, as equipes se movimentaram nos pits, trazendo seus pilotos aos boxes no momento exato para ganhar terreno. E foi aí que a Ganassi se sobressaiu e deixou Palou em ótima posição, mas longe de tranquila, pois atrás do espanhol vinha dois pilotos experientes e acostumados com essa situação. Will Power e Scott Dixon foram para cima de Palou, mas o espanhol de 24 anos não se perturbou com a chegada das raposas felpudas para ganhar em sua estreia, fazer a alegria de Ganassi e se tornar o primeiro espanhol a vencer na Indy em dezesseis anos.

Palou pode ser a resposta que Ganassi sempre quis para o futuro de sua equipe, principalmente quando Dixon se aposentar. Falando nisso, o quarto piloto da Ganassi, Jimmie Johnson, fez uma estreia bem ruim, ficando sempre entre os últimos e tomando três voltas. Nada condizente a uma lenda da Nascar. Enquanto futuro e passado se fundem na Ganassi, a Indy vê com interesse o surgimento de mais um jovem piloto promissor surgir.

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