Não poderia ser outro! Vindo de um final de semana de destaque em Monza, Carlos Sainz continuou sua ótima fase numa pista completamente diferente, onde suas principais qualidades ficaram mais evidentes. Sainz não tem o mesmo talento de Leclerc, seu companheiro de equipe e queridinho da Ferrari, mas o espanhol tem algumas virtudes que lhe ajudaram bastante no final de semana cingapuriano. Com a Red Bull tendo um final de semana irreconhecível, Sainz aproveitou a chance e ficou com a pole, garantindo para si o privilégio da estratégia ferrarista. E isso seria primordial, lembrando que o carro da Ferrari tem sérios problemas de desgaste de pneus. Sainz sabe disso e por isso fez uma corrida cerebral e foi de uma frieza que normalmente lembram os nórdicos, não os sempre quentes espanhóis. Carlos soube usar sua imensa visão de corrida para se manter sempre na frente na difícil pista de Cingapura, mesmo tendo alguém lhe fustigando no retrovisor, na corrida mais longa e física do calendário da F1. No primeiro stint, sabendo que Leclerc estava sendo sacrificado para segurar o pelotão, Sainz aproveitou para preservar seus pneus. Após as duas entradas do Safety-Car e a corrida mudada, Sainz teve a frieza de ficar perto de Lando Norris de propósito para dar ao inglês o necessário DRS para se defender das Mercedes com pneus novos e num ritmo 2s mais rápido. Foi um verdadeiro show de pilotagem inteligente, mostrando que Carlos Sainz merece ser considerado mais do que um mero segundo piloto na Ferrari.
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