.jpg)
.jpg)
Riccardo Paletti nasceu em 15 de Junho de 1958 em Milão e somente aos 19 anos ele estreou no automobilismo, disputando o campeonato italiano de Fórmula Super Ford em 1977. Já no ano seguinte ele subiu para a F3 e mesmo sem grande destaque, Paletti estreou no prestigiado Campeonato Europeu de F2 no final de 1979, mas ele só faria um campeonato completo em 1981. Já nessa época Paletti conseguiu o forte patrocínio da Pioneer e graças ao suporte financeiro, o italiano assinou contrato com a Onyx, principal equipe de F2 na época. Paletti começou a temporada 1981 muito bem, conseguindo dois pódios seguidos em Silverstone e Thruxton, mas esses foram os únicos resultados conquistados pelo italiano e no final do ano ele fechou o campeonato num discreto décimo lugar. Mesmo sem nenhum resultado mais relevante, a Pioneer resolveu investir no seu pupilo e Paletti conseguiu um lugar na F1, na pequena equipe Osella. Mesmo tendo como companheiro de equipe o experiente Jean Pierre Jarier, Paletti sabia que seu carro era muito ruim e teria grandes dificuldades para se classificar nas corridas e assim foi. Foram três decepções seguidas na África do Sul, Brasil e Long Beach. Porém, a briga FISA-FOCA fez com que um boicote das equipes inglesas fosse feito no Grande Prêmio de San Marino e Paletti pôde estrear em casa, no circuito de Ímola, mas a experiência foi bastante curta: a suspensão de seu Osella se partiu na sétima volta. Com a volta das equipes inglesas, Paletti voltou a ficar de fora dos Grandes Prêmios da Bélgica e de Mônaco. Porém, a Osella vinha melhorando seus carros e em Detroit, tanto Jarier como Paletti conseguiram se classificar para a corrida, mas a sorte não estava no lado do italiano. Durante o warm-up, no domingo pela manhã, Jarier e Paletti bateram seus carros e como Jarier destruiu também o carro reserva, Paletti teve que ceder seu carro para Jarier e ficou de fora da corrida americana.
Uma semana mais tarde, Paletti resolveu levar seus pais para Montreal com o intuito de ver a corrida e comemorar seu aniversário. Paletti conseguiu se classificar para a corrida, não se envolveu em acidentes no warm-up e estacionou seu Osella na penúltima fila do grid de largada. Lá na frente, o pole position Pironi deixou sua Ferrari morrer no grid quando a luz verde apareceu. O terceiro colocado Alain Prost desviou da Ferrari parada e assim fez todos os pilotos a seguir, porém Raul Boesel não conseguiu desviar de Pironi a tempo e tocou de leve na Ferrari. Foi o começo da tragédia. Paletti, que vinha logo atrás de Boesel, teve sua visão encoberta pelo carro do brasileiro e quando Boesel foi para à esquerda, era tarde demais para Paletti. O italiano bateu de frente na traseira da Ferrari de Pironi à 160 km/h. O impacto foi tão forte que a Ferrari desviou p
.jpg)
Um vazamento de gasolina faz com que o tanque de combustível, que estava cheio, explodisse e atrasasse ainda mais a tentativa de salvamento de Paletti. Watkins ainda teve tempo de fechar a viseira de Paletti para que ele não se queimasse e mesmo com a cena chocante, o fogo foi extindo rapidamente, inclusive com a ajuda de Pironi. Como se não bastasse tudo isso, a mãe de Paletti conseguiu entrar na pista e vendo seu filho desfalecido dentro do carro, ficou totalmente histérica. Foi preciso longos 24 minutos para que o carro fosse cortado, Paletti fosse retirado e levado de helicóptero para o hospital Sacré Cour. Duas horas depois ele foi declarado oficialmente morto. Mesmo com o incêndio, Paletti foi morto na hora do impacto, quando a barra de direção ficou cravada no seu peito e a causa mortis foi hemorragia interna.
Depois de mais essa tragédia, a corrida ficou em segundo plano, mas contou com alguns fatos interessantes. Mesmo envolvido na tragédia, Pironi teve muita coragem para pegar o carro reserva e ir para a segunda largada, mas como a Ferrari subssalente não estava bem acertada, assim como a cabeça de Pironi, o francês não fez muita coisa durante a corrida e acabou em nono. Arnoux ficou em primeiro na largada à frente de Nelson Piquet, mas na nona volta o brasileiro roubou a primeira posição do francês e liderou por toda a corrida, conseguindo a sua primeira vitória após ter sido campeão de 1981. Foi o primeiro triunfo da BMW na F1. Novamente as Renaults não tivarem a confiabilidade necessária e tanto Arnoux como Alain Prost abandonaram antes da metade da corrida. Patrese levou a segunda Brabham, com motor Ford, ao segundo lugar, enquanto o líder do campeonato John Watson completou o pódio, se aproveitando dos problemas de Andrea de Cesaris e Derek Daly, que eram terceiro e quarto respectivamente, mas ficaram sem gasolina na última volta. No pódio, os três protagonistas estavam com cara de velório e Nelson Piquet não ocupou a lugar mais alto do pódio. Após o acidente de Paletti, a F1 demorou 12 anos para ver um piloto morrer em um fim de semana de Grande Prêmio e por uma coinscidência sinistra, o carro de Roland Ratzenberger tinha o mesmo número 32 que estampava a Osella da Riccardo Paletti no fatídico dia 13 de Junho de 1982. Mesmo não tendo sido em piloto de ponta, Paletti é até hoje lembrado na Itália e como homenagem póstuma, o pequeno circuito de Varano, perto de Parma, se chama Autodromo Riccardo Paletti.
Eis o vídeo do acidente: http://www.youtube.com/watch?v=L6TLRKsAyd4
Configurei para que todas as pessoas possam postar um comentário no blog.
ResponderExcluir