Para quem viu a Ferrari sofrendo hoje em Montreal, talvez nem se lembre que na mesma cidade a equipe vermelha comemorasse uma marca histórica. No circuito que tem o nome do seu maior ídolo, Gilles Villeneuve, a Ferrari conquistou mais uma vitória numa temporada em que arrasou as rivais, comandada por Michael Schumacher. Em 2002 a Ferrari fez um dos melhores carros da história e quando o circo chegou ao Canadá, a pergunta não era se Michael Schumacher iria ser campeão, mas sim quando ele acabaria com o sofrimentos dos rivais. Porém, a Ferrari enfrentava um período em que sua popularidade estava muito em baixa. Exatamente um mês antes, a Ferrari tinha dados as famosas ordens de equipe a Rubens Barrichello, que deixou Schumacher vencer o GP da Áustria na linha de chegada. O domínio ferratista era tal que Schumacher tinha cinco vitórias em sete corridas e tinha 33 pontos de vantagem em cima do seu irmão Ralf Schumacher, que na época anda de Williams-BMW. Ralf andando bem? Williams brigando pela ponta? Sinais dos tempos...
A Ferrari poderia ter o melhor carro, mas a Williams se destacava com seu potente motor BMW e graças a eficiência tedesca, Montoya conseguiu a terceira pole na temporada e segunda seguida. Schumacher sabia da superioridade da Williams na Classificação e por isso escolheu pneus duros, já pensando no domingo, mas ainda assim foi segundo no grid à frente de Barrichello. Havia uma ameaça de chuva no sábado e no domingo, mas as duas sessões ocorriam sem problemas.
GRID:
1) Montoya(Williams) - 1:12.836
2) M.Schumacher(Ferrari) - 1:13.018
3) Barrichello(Ferrari) - 1:13.280
4) R.Schumacher(Williams) - 1:13.301
5) Raikkonen(McLaren) - 1:13.898
6) Fisichella(Jordan) - 1:14.132
7) Heidfeld(Sauber) - 1:14.139
8) Coulthard(McLaren) - 1:14.385
9) Villeneuve(BAR) - 1:14.564
10) Trulli(Renault) - 1:14.688
Na largada Montoya saiu muito bem e se distanciou das Ferraris, mas com Barrichello à frente de Schumacher. Raikkonen se aproveitou do controle de largada da McLaren e pulou para quarto à frente de Ralf. Os dois pilotos protagonizaram uma luta bastante interessante pela quarta posição. Lá na frente, Montoya e Barrichello tentavam aumentar a diferença para Schumacher, pois os dois sul-americanos iriam parar duas vezes, contra uma do alemão. Barrichello conseguiu ultrapassar Montoya na reta dos boxes e começou a se distanciar do colombiano, que também se distanciava de Schumacher, com um carro mais pesado e com pneus duros.
O ídolo local Jacques Villeneuve tinha a mesma síndrome de Barrichello naquela época: nunca se dava bem em sua casa. Na oitava volta o canadense encostou sua BAR na reta do Cassino e de forma estranha a direção de prova demorou algumas voltas para liberar o safety-car. Isso foi desastroso para Montoya e Barrichello, que liderava com 8.7s de vantagem em cima de Juan Pablo. Montoya aproveitou a bandeira amarela e foi aos boxes para sua primeira parada e voltou em quinto, enquanto Barrichello permanecia na pista à frente de Schumacher na vã esperança de que abriria diferença em cima do seu companheiro de equipe e poderia vencer a corrida.
Quando o safety-car voltou aos boxes, Barrichello imediatamente imprimiu um ritmo forte para tentar abrir de Schumacher, enquanto Raikkonen permanecia segurando Ralf, mas agora Montoya vinha forte atrás dos dois. Na volta 18 ocorreu a manobra da corrida. Ralf tentou ultrapassar Raikkonen na freada da chicane antes da reta dos boxes, mas o finlandês jogou duro e Ralf teve que passar reto na chicane, enquanto Kimi perdia velocidade na saída de curva. Montoya se aproveitou disso e numa manobra espetacular colocou de lado em cima dos dois e na freada da primeira curva assumiu a terceira posição, ganhando duas posições de uma vez só!
Montoya tentou partir para cima de Schumacher, mas sua parada mais cedo fez com que seu carro estivesse mais pesado do que a Ferrari do alemão e ele não pôde fazer muita coisa. Na volta 26 Barrichello fez sua primeira parada e voltou atrás de Coulthard, em sexto. Com apenas uma parada a fazer nos boxes, Schumacher começou a forçar o ritmo e quando fez sua única parada na volta 38, ele voltou logo atrás de Montoya, que ainda iria parar. Foi então que tudo começou a dar errado para a Williams.
Quando Ralf foi fazer sua parada programada na volta 42, ele teve um problema no reabastecimento e teve que voltar aos boxes na volta seguinte e no final da brincadeira ele estava em décimo e acabaria a corrida em sétimo, fora dos pontos. Na volta 51 Montoya fez sua segunda parada e voltou em terceiro, atrás de Barrichello, mas como o brasileiro foi aos boxes duas voltas depois, Montoya estava em segundo, 9s atrás de Schumacher e se aproximando. A corrida parecia que teria um final fantástico! Mas o motor BMW deixou o colombiano na mão na volta 56, deixando o caminho livre para Schumacher vencer. Com a quebra de Montoya, Coulthard assumiu a segunda posição com Barrichello fungando no cangote do escocês. No final da corrida, os dois encontraram o retardatário Takuma Sato na reta do Cassino e Rubinho pensou que teria uma boa oportunidade de ultrapassar, mas Coulthard espremeu Barrichello por dentro e freou forte, passando reto na chicane, mas como Barrichello fez a mesma coisa, o escocês não precisou devolver a posição. Rubinho chiou bastante, mas perdôo o escocês.
Com mais uma vitória Schumacher já sabia em que corrida seria campeão, mas o mais importante foi a vitória de número 150 da Ferrari. Schumacher ajudou com 40 vitórias até então(26,7% do total) e ninguém duvidava de sua importância na história da Ferrari. E olha que na época ele "só" tinha quatro títulos.
Classificação:
1) M.Schumacher
2) Coulthard
3) Barrichello
4) Raikkonen
5) Fisichella
6) Trulli
A Ferrari poderia ter o melhor carro, mas a Williams se destacava com seu potente motor BMW e graças a eficiência tedesca, Montoya conseguiu a terceira pole na temporada e segunda seguida. Schumacher sabia da superioridade da Williams na Classificação e por isso escolheu pneus duros, já pensando no domingo, mas ainda assim foi segundo no grid à frente de Barrichello. Havia uma ameaça de chuva no sábado e no domingo, mas as duas sessões ocorriam sem problemas.
GRID:
1) Montoya(Williams) - 1:12.836
2) M.Schumacher(Ferrari) - 1:13.018
3) Barrichello(Ferrari) - 1:13.280
4) R.Schumacher(Williams) - 1:13.301
5) Raikkonen(McLaren) - 1:13.898
6) Fisichella(Jordan) - 1:14.132
7) Heidfeld(Sauber) - 1:14.139
8) Coulthard(McLaren) - 1:14.385
9) Villeneuve(BAR) - 1:14.564
10) Trulli(Renault) - 1:14.688
Na largada Montoya saiu muito bem e se distanciou das Ferraris, mas com Barrichello à frente de Schumacher. Raikkonen se aproveitou do controle de largada da McLaren e pulou para quarto à frente de Ralf. Os dois pilotos protagonizaram uma luta bastante interessante pela quarta posição. Lá na frente, Montoya e Barrichello tentavam aumentar a diferença para Schumacher, pois os dois sul-americanos iriam parar duas vezes, contra uma do alemão. Barrichello conseguiu ultrapassar Montoya na reta dos boxes e começou a se distanciar do colombiano, que também se distanciava de Schumacher, com um carro mais pesado e com pneus duros.
O ídolo local Jacques Villeneuve tinha a mesma síndrome de Barrichello naquela época: nunca se dava bem em sua casa. Na oitava volta o canadense encostou sua BAR na reta do Cassino e de forma estranha a direção de prova demorou algumas voltas para liberar o safety-car. Isso foi desastroso para Montoya e Barrichello, que liderava com 8.7s de vantagem em cima de Juan Pablo. Montoya aproveitou a bandeira amarela e foi aos boxes para sua primeira parada e voltou em quinto, enquanto Barrichello permanecia na pista à frente de Schumacher na vã esperança de que abriria diferença em cima do seu companheiro de equipe e poderia vencer a corrida.
Quando o safety-car voltou aos boxes, Barrichello imediatamente imprimiu um ritmo forte para tentar abrir de Schumacher, enquanto Raikkonen permanecia segurando Ralf, mas agora Montoya vinha forte atrás dos dois. Na volta 18 ocorreu a manobra da corrida. Ralf tentou ultrapassar Raikkonen na freada da chicane antes da reta dos boxes, mas o finlandês jogou duro e Ralf teve que passar reto na chicane, enquanto Kimi perdia velocidade na saída de curva. Montoya se aproveitou disso e numa manobra espetacular colocou de lado em cima dos dois e na freada da primeira curva assumiu a terceira posição, ganhando duas posições de uma vez só!
Montoya tentou partir para cima de Schumacher, mas sua parada mais cedo fez com que seu carro estivesse mais pesado do que a Ferrari do alemão e ele não pôde fazer muita coisa. Na volta 26 Barrichello fez sua primeira parada e voltou atrás de Coulthard, em sexto. Com apenas uma parada a fazer nos boxes, Schumacher começou a forçar o ritmo e quando fez sua única parada na volta 38, ele voltou logo atrás de Montoya, que ainda iria parar. Foi então que tudo começou a dar errado para a Williams.
Quando Ralf foi fazer sua parada programada na volta 42, ele teve um problema no reabastecimento e teve que voltar aos boxes na volta seguinte e no final da brincadeira ele estava em décimo e acabaria a corrida em sétimo, fora dos pontos. Na volta 51 Montoya fez sua segunda parada e voltou em terceiro, atrás de Barrichello, mas como o brasileiro foi aos boxes duas voltas depois, Montoya estava em segundo, 9s atrás de Schumacher e se aproximando. A corrida parecia que teria um final fantástico! Mas o motor BMW deixou o colombiano na mão na volta 56, deixando o caminho livre para Schumacher vencer. Com a quebra de Montoya, Coulthard assumiu a segunda posição com Barrichello fungando no cangote do escocês. No final da corrida, os dois encontraram o retardatário Takuma Sato na reta do Cassino e Rubinho pensou que teria uma boa oportunidade de ultrapassar, mas Coulthard espremeu Barrichello por dentro e freou forte, passando reto na chicane, mas como Barrichello fez a mesma coisa, o escocês não precisou devolver a posição. Rubinho chiou bastante, mas perdôo o escocês.
Com mais uma vitória Schumacher já sabia em que corrida seria campeão, mas o mais importante foi a vitória de número 150 da Ferrari. Schumacher ajudou com 40 vitórias até então(26,7% do total) e ninguém duvidava de sua importância na história da Ferrari. E olha que na época ele "só" tinha quatro títulos.
Classificação:
1) M.Schumacher
2) Coulthard
3) Barrichello
4) Raikkonen
5) Fisichella
6) Trulli
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