Se havia uma pista que Jim Clark odiava era o incrível circuito de Spa Francorchamps. Mesmo sendo um autódromo cheio de desafios, a pista era extremamente perigosa com curvas velocíssimas e até mesmo precípicios ao lado da pista. A primeira vez que Clark se dirigiu a Spa foi em 1958 e logo de cara ele viu a morte do seu ídolo Archie Scott-Brown. Em 1960, durante o seu segundo Grande Prêmio, Clark testemunhou a morte de dois amigos, Chris Bristow e Alan Stacey, seu companheiro de equipe na Lotus. Uma ano mais tarde, ainda em Spa, Clark assistiu ao acidente com Cliff Allison, grave a ponto de obrigá-lo a abandonar o automobilismo. Mesmo com toda essa raiva do circuito, Clark estava embalado para a disputa do Grande Prêmio da Bélgica após ter conquistado sua primeira pole em Monte Carlo e a primeira vitória só não aconteceu no principado por causa de um câmbio quebrado. Clark sabia que o novo Lotus 25 era capaz de lhe dar a primeira vitória na F1 e a Lotus precisava pontuar com seu primeira piloto, pois até o momento só havia pontuado com o segundo piloto Trevor Taylor, num segundo lugar no Grande Prêmio da Holanda.
A Ferrari seria a única equipe não-inglesa em Spa, pois a Porsche teve problemas com uma greve na sua sede em Stuttgart e ficou de fora da etapa belga. A Ferrari estava longe de exercer o mesmo domínio da temporada anterior, mesmo tendo Phil Hill na liderança do campeonato empatado com Graham Hill. Provando estar numa ótima fase, G.Hill marcou sua primeira pole na F1 com seu BRM e teria ao seu lado o vencedor do Grande Prêmio de Mônaco Bruce McLaren. Fechando a primeira fila estaria o segundo piloto da Lotus Trevor Taylor. E onde estaria Clark? O escocês teve problemas no eixo de comando do seu motor Climax durante os treinos e por isso teve que usar o carro de Taylor para se Classificar, ficando num desapontador 12º lugar no grid. A primeira Ferrari que aparecia era Phil Hill em quarto, tendo ao seu lado na segunda fila Innes Ireland numa Lotus particular. O piloto da Porsche Dan Gurney apareceu em Spa e andou num Lotus-BRM, mas o americano não sentiu bem à bordo do novo carro e preferiu não largar.
Grid:
1) G.Hill(BRM) - 3:57.0
2) McLaren(Cooper) - 3:58.8
3) Taylor(Lotus) - 3:59.3
4) P.Hill(Ferrari) - 3:59.6
5) Ireland(Lotus) - 3:59.8
6) Mairesse(Ferrari) - 3:59.8
7) Rodriguez(Ferrari) - 4:01.0
8) Gregory(Lotus-BRM) - 4:01.0
9) Ginther(BRM) - 4:01.4
10) Maggs(Cooper) - 4:03.6
Graham Hill largou bem e ficou na dianteira na entrada da Eau Rouge, mas ele teve que lutar pela liderança com McLaren durante a primeira volta. Ao final da primeira volta Graham Hill ainda liderava, mas atrás dele havia algumas suspresas. Mesmo odiando o circuito, Clark tentou se recuperar da péssima Classificação e ultrapassou oito carros na primeira volta e estava em quarto. Entre Clark e Hill, estava o segundo piloto da Lotus Trevor Taylor e McLaren. A primeira Ferrari estava em quinto, mas de forma surpreendente não era o atual campeão Phil Hill. Usando o seu conhecimento local, o belga Willy Mairesse estava colado em Clark. Naquela época o circuito de Spa tinha mais de 14 km de extensão e longas retas, permitindo aos pilotos que pegassem o vácuo do carro que vinha à frente. Dessa forma, havia uma troca constante de posições entre os pilotos, principalmente se eles corressem em grupo. E assim os cinco primeiros colocados brigavam entre si, com Taylor e Mairesse surpreendentemente brigando pela ponta. Mais atrás, as Ferraris de Phil Hill e Ricardo Rodriguez brigavam pela sexta posição com a Lotus de Innes Ireland, mas Ireland teve que abandonar na oitava volta com a suspensão quebrada.
Na volta 9, Clark marcou a melhor volta da corrida quebrando o recorde da pista e assumiu a liderança, começando a abrir uma pequena diferença para Taylor e Mairesse continuava pressionando o segundo piloto da Lotus. Conta a lenda que Colin Chapman sinalizou para Taylor deixar Clark passar e permitir que o primeiro piloto da equipe vencesse. Pensam que isso só ocorria na Ferrari da era Schumacher? G.Hill e McLaren começaram a ficar para trás e brigavam pela quarta posição, mas McLaren abandonaria na volta 19 quando perdeu a pressão de óleo do motor Climax. Taylor começava a se distanciar de Mairesse e a Lotus parecia que não apenas comemoraria a primeira vitória de Clarl, como também comemoraria a sua primeira dobradinha na história. Porém, na volta 17 Taylor rodou e novamente tinha Mairesse colado em seus retrovisores. Então, por muito pouco Spa não via mais uma tragédia.
A Ferrari seria a única equipe não-inglesa em Spa, pois a Porsche teve problemas com uma greve na sua sede em Stuttgart e ficou de fora da etapa belga. A Ferrari estava longe de exercer o mesmo domínio da temporada anterior, mesmo tendo Phil Hill na liderança do campeonato empatado com Graham Hill. Provando estar numa ótima fase, G.Hill marcou sua primeira pole na F1 com seu BRM e teria ao seu lado o vencedor do Grande Prêmio de Mônaco Bruce McLaren. Fechando a primeira fila estaria o segundo piloto da Lotus Trevor Taylor. E onde estaria Clark? O escocês teve problemas no eixo de comando do seu motor Climax durante os treinos e por isso teve que usar o carro de Taylor para se Classificar, ficando num desapontador 12º lugar no grid. A primeira Ferrari que aparecia era Phil Hill em quarto, tendo ao seu lado na segunda fila Innes Ireland numa Lotus particular. O piloto da Porsche Dan Gurney apareceu em Spa e andou num Lotus-BRM, mas o americano não sentiu bem à bordo do novo carro e preferiu não largar.
Grid:
1) G.Hill(BRM) - 3:57.0
2) McLaren(Cooper) - 3:58.8
3) Taylor(Lotus) - 3:59.3
4) P.Hill(Ferrari) - 3:59.6
5) Ireland(Lotus) - 3:59.8
6) Mairesse(Ferrari) - 3:59.8
7) Rodriguez(Ferrari) - 4:01.0
8) Gregory(Lotus-BRM) - 4:01.0
9) Ginther(BRM) - 4:01.4
10) Maggs(Cooper) - 4:03.6
Graham Hill largou bem e ficou na dianteira na entrada da Eau Rouge, mas ele teve que lutar pela liderança com McLaren durante a primeira volta. Ao final da primeira volta Graham Hill ainda liderava, mas atrás dele havia algumas suspresas. Mesmo odiando o circuito, Clark tentou se recuperar da péssima Classificação e ultrapassou oito carros na primeira volta e estava em quarto. Entre Clark e Hill, estava o segundo piloto da Lotus Trevor Taylor e McLaren. A primeira Ferrari estava em quinto, mas de forma surpreendente não era o atual campeão Phil Hill. Usando o seu conhecimento local, o belga Willy Mairesse estava colado em Clark. Naquela época o circuito de Spa tinha mais de 14 km de extensão e longas retas, permitindo aos pilotos que pegassem o vácuo do carro que vinha à frente. Dessa forma, havia uma troca constante de posições entre os pilotos, principalmente se eles corressem em grupo. E assim os cinco primeiros colocados brigavam entre si, com Taylor e Mairesse surpreendentemente brigando pela ponta. Mais atrás, as Ferraris de Phil Hill e Ricardo Rodriguez brigavam pela sexta posição com a Lotus de Innes Ireland, mas Ireland teve que abandonar na oitava volta com a suspensão quebrada.
Na volta 9, Clark marcou a melhor volta da corrida quebrando o recorde da pista e assumiu a liderança, começando a abrir uma pequena diferença para Taylor e Mairesse continuava pressionando o segundo piloto da Lotus. Conta a lenda que Colin Chapman sinalizou para Taylor deixar Clark passar e permitir que o primeiro piloto da equipe vencesse. Pensam que isso só ocorria na Ferrari da era Schumacher? G.Hill e McLaren começaram a ficar para trás e brigavam pela quarta posição, mas McLaren abandonaria na volta 19 quando perdeu a pressão de óleo do motor Climax. Taylor começava a se distanciar de Mairesse e a Lotus parecia que não apenas comemoraria a primeira vitória de Clarl, como também comemoraria a sua primeira dobradinha na história. Porém, na volta 17 Taylor rodou e novamente tinha Mairesse colado em seus retrovisores. Então, por muito pouco Spa não via mais uma tragédia.
Na volta 26 Taylor e Mairesse vinham colados quando Taylor erra uma marcha e toca em Mairesse. Os dois carros vinham a alta velocidade e a Lotus de Taylor atingiu em cheio um poste telegráfico enquanto a Lotus de Mairesse pegava fogo. Mairesse sofreu várias queimaduras no seu corpo, mas foi levado ao hospital e teve sorte em escapar dessa. Mais sorte teve Taylor, pois o poste acabou caindo em cima da sua Lotus e não o atingiu por alguns centímetros. Clark ficou muito preocupado quando viu a cena do acidente e pensou que mais uma tragédia havia acontecido e ele só ficou mais tranqüilo quando a Lotus mostrou Taylor inteiro para ele nos boxes. Após esse susto Clark liderava com muita folga, enquanto o segundo colacado G.Hill tinha problemas com o seu motor BRM. Mais atrás, as Ferraris de P.Hill e Rodriguez duelavam para ver quem ficaria com o último degrau do pódio.
No fim, Clark venceu sua primeira corrida de F1 com estilo, mais de 40s na frente de G.Hill. Na briga pelo terceiro lugar, P.Hill superou o jovem mexicano Rodriguez por apenas um décimo de segundo e ficou em terceiro. Mesmo assumindo a liderança isolada do campeonato, Graham Hill sabia que a maior ameaça ao seu primeiro título tinha nome e sobrenome: Jim Clark. Apesar de respeitar bastante a Ferrari e Phil Hill, o inglês da BRM sabia que após experimentar pela primeira vez o gostinho da vitória, o seu bom amigo Clark lhe daria bastante trabalho durante o ano.
Chegada
1) Clark
2) G.Hill
3) P.Hill
4) Rodriguez
5) Surtees
6) Brabham
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