Quando a F1 começava a sentir falta de Nico Rosberg pressionando Lewis Hamilton dentro da Mercedes, Valtteri Bottas mostrou o porquê ser considerado um dos melhores pilotos de sua geração ao conseguir sua primeira pole na F1, derrotando Hamilton por menos de um décimo, fazendo o inglês ter que esperar mais um pouco para se igualar o recorde de poles consecutivas que ainda é de Senna. Meio segundo atrás, Vettel mostrou que a Ferrari tem mesmo um melhor ritmo na corrida, enquanto Daniel Ricciardo conseguiu tirar uma volta da cartola para largar pela primeira vez no ano na segunda fila.
A classificação no Bahrein não teve maiores surpresas, mas alguns indicadores interessantes. Para os que criticam a saída da Felipe Nasr da Sauber, um dado mostra o que o brasiliense deveria ter feito dentro da equipe. Vindo de uma lesão no pescoço, o talentoso Pascal Wehrlein praticamente estreou na Sauber em 2017 colocando logo de cara sete décimos em cima do fraco Marcus Ericsson, indo tranquilamente ao Q2. Mesmo quando andou na frente de Ericsson, Nasr não emitiu um recado tão forte quando Wehrlein fez hoje. O alemão, novamente, fez um algo a mais, como nos tempos da Manor. Algo que Nasr não fez. Outro que vem fazendo algo a mais é Esteban Ocon, que colocou tempo no rápido Sergio Pérez, que amargou uma desclassificação no Q1.
Mercedes e Ferrari vinham claramente se poupando em todos os testes, mas no momento certo o time prateado marcou os melhores tempos da história do circuito de Sakhir, numa briga particular entre os dois pilotos da Mercedes, com uma vantagem mínima para Bottas, que com sua primeira pole, pode conquistar a confiança necessária para enfrentar um piloto do nível de Hamilton. No reino dos finlandeses, se Bottas se recuperou, Raikkonen parece ser de difícil recuperação. Novamente tomando tempo de Vettel, Kimi ficou fora até mesmo da segunda fila, lugar usual da Ferrari até o momento, superado nos últimos momentos por Ricciardo, que vinha de um final de semana discretíssimo para colocar a Red Bull na segunda fila, superando com relativa folga Verstappen. O grande destaque do pelotão intermediário foi Nico Hulkenberg, que marcou ótimos tempos, ficando bastante próximo da Red Bull. A fase da Renault, que ano passado fez um papelão, é tão boa que até o fraco Jolyon Palmer conseguiu um lugar no Q3, mesmo que a diferença entre os dois pilotos da Renault seja grande, o mesmo ocorrendo na Williams (vantagem para Massa) e Hass (vantagem para Grosjean).
A corrida amanhã será observar o comportamento de Bottas largando pela primeira vez na pole, o mesmo vale dar uma olhada na largada de Hamilton, pois na prova da F2, os pilotos que largaram do lado par tiveram sérios problemas de tracionar na largada. Sorte de Vettel, que larga amanhã no lado ímpar da pista.
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