A Mercedes liderou todos os treinos e voltas na história do circuito de Sochi na F1, numa dominação raras vezes vista numa pista por parte de uma equipe. Três anos depois, a Mercedes se vê numa situação inesperada, onde nem mesmo a melhor performance na classificação impediu a Ferrari de conseguir sua primeira dobradinha no grid em nove anos. Vettel também quebrou um longo tabu ao conseguir sua primeira pole em dois anos, enquanto Raikkonen deu sinal de vida ao ficar muito próximo do seu companheiro de equipe e completar uma primeira fila toda da Ferrari. Outro fato que chamou a atenção foi ver Bottas ser o melhor carro da Mercedes, com uma folgada vantagem sobre Hamilton.
A classificação foi de poucas surpresas, mas a Red Bull começa a ficar com uma pulga atrás da orelha. Se antes da temporada esperava o time austríaco brigando com a Mercedes pela ponta, as três primeiras corridas mostravam a Red Bull isolada como terceira força, porém, na Rússia a equipe de Christian Horner e sua trupe ficou quase 2s atrás dos líderes e para piorar, ainda viu as equipes intermediárias ficando muito próximas, inclusive com Felipe Massa fazendo um ótimo papel ao separar os dois carros azuis, com Ricciardo em vantagem. Massa, já em seu final de carreira, ainda foi capaz de fazer um algo mais. Lá na frente, isoladas, Ferrari e Mercedes brigavam pela ponta, sendo que os italianos haviam dominado todos os treinos livres, mas era esperado que os alemães reagissem na classificação, ponto forte da Mercedes. Bottas ainda conseguiu se meter na briga, ficando menos de um décimo atrás da dupla da Ferrari, enquanto Raikkonen errou na última curva de sua última tentativa, praticamente entregando a pole para Vettel. Na briga pelo título, Hamilton pode estar começando a mostrar a sua fragilidade mental, com a Ferrari sempre andando na frente e o inglês reagindo com erros em sucessão, ficando atrás de Bottas em todo o final de semana.
Se essa tendência se manter, Vettel pode disparar no campeonato, com um acabrunhado Hamilton vendo o alemão conseguir uma vitória decisiva. No caso de Vettel conseguir a vitória amanhã, a Ferrari pode estar dando um passo também decisivo para ser o carro a bater na F1 em 2017. Como era a Mercedes até o ano passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário