sexta-feira, 28 de abril de 2017

História: 20 anos do Grande Prêmio de San Marino de 1997

A F1 iniciava a sua 'temporada europeia' com uma boa perspectiva para o resto da temporada 1997, após corridas surpreendentes fora do seu berço. Mesmo a Williams tendo vencido duas de três corridas, o domínio da equipe inglesa não era tão grande como nos anos anteriores, com Ferrari, Benetton e até mesmo a McLaren, que havia voltado a vencer depois de muito tempo, se mostrando muito fortes a ponto de brigar com a Williams de Jacques Villeneuve, que confirmava o seu favoritismo com a liderança do campeonato, superando com relativa folga Frentzen, no qual muitos depositavam esperanças de ver brigar pelo título, mas até ali, decepcionava. Como era costumeiro, a Ferrari estreava um motor novo em Ímola, circuito que levava o nome do seu comendador, enquanto Mercedes e Ford (somente com a Stewart) aproveitavam que estavam em solo europeu para colocarem seus motores novos na pista também.

A Classificação viu uma batalha interessante pela pole entre os dois pilotos da Williams, com Villeneuve conseguindo sua quinta pole consecutiva, mesmo o canadense reclamando do acerto do carro. Frentzen chegou a ser atrapalhado por Diniz em sua melhor volta e acabou atrás do seu companheiro de equipe. Para desgosto dos tifosi, Schumacher parecia incapaz de brigar pela pole e estava mais de meio segundo atrás, enquanto Panis continuava a impressionar com um quarto lugar. A Benetton que ainda manquitolava na temporada e seus dois veteranos pilotos ficaram fora do top-10, mas nas corridas anteriores, Berger e Alesi mostraram um ritmo muito melhor na corrida do que na classificação.

Grid:
1) Villeneuve (Williams) - 1:23.303
2) Frentzen (Williams) - 1:23.646
3) M.Schumacher (Ferrari) - 1:23.955
4) Panis (Prost) - 1:24.075
5) R.Schumacher (Jordan) - 1:24.081
6) Fisichella (Jordan) - 1:24.596
7) Herbert (Sauber) - 1:24.723
8) Hakkinen (McLaren) - 1:24.812
9) Irvine (Ferrari) - 1:24.861
10) Coulthard (McLaren) - 1:25.077

O dia 27 de abril de 1997 amanheceu nublado em Ímola e com perspectivas de chuva para a corrida. O warm-up ocorreu com pista molhada após um temporal, mas quando os pilotos foram ao grid alinhar seus carros, a pista já estava seca o bastante para utilizar os pneus slicks, mas por vias das dúvidas, todas as equipes acertaram seus carros para pista molhada. Mas acabou não sendo necessário. Damon Hill continuava seu calvário na tentativa de defender seu título, ao ter problemas antes da largada e ter que largar dos boxes. Villeneuve saiu bem no apagar das luzes, mas quem largou melhor foi Schumacher, que tomou a segunda posição de Frentzen, enquanto Panis era ultrapassado por Ralf Schumacher e Herbert, na primeira corrida sem problemas na primeira curva da temporada.

Depois de apenas quatro voltas, os quatro primeiros estavam separados por menos de 3s, com o quarto colocado Ralf chegando a marcar a volta mais rápida, numa corrida bastante próxima entre os líderes. Na sua corrida 200 na F1, Gerhard Berger rodou na Acqua Minerale e teve que abandonar tristemente. Tirando uma pequena errada de Schumacher, com Frentzen quase efetuando a ultrapassagem, a corrida estava estática, mas dois pilotos que faziam ótimas provas abandonaram na mesma volta, a 18. Ralf e Herbert entraram nos boxes com problemas mecânicos, com o inglês abandonando em seu corrida centenária na F1. Quando as equipes se preparavam para a primeira rodada de paradas, Villeneuve tinha uma vantagem de 4s em cima da dupla Schumacher e Frentzen, que tinham 27s de vantagem em cima de Irvine e Fisichella. Esse momento da corrida praticamente determinou o vencedor. Quando Schumacher parou, Frentzen baixo em mais de 2s seu tempo. O alemão da Ferrari não foi muito rápido, o mesmo acontecendo com Villeneuve e como resultado, os dois pilotos da Williams trocaram de lugar, com Schumacher entre eles. Frentzen agora liderava.

A corrida era extremamente tática e o medo da chuva (que não viria) deixava as coisas mais tensas. Numa estratégia diferente, Coulthard assumiu o quarto lugar na frente de Irvine, mas seu motor Mercedes quebrou bem na frente do irlandês, que escorregou no óleo do novo motor Mercedes e quase perdeu a posição para Fisichella, que vinha logo atrás. Villeneuve havia perdido muito ritmo em sua volta à pista e logo ficava claro o porquê. Na volta 41 o canadense entrou nos boxes lentamente com problemas no câmbio. Jacques passou mais de um minuto no carro, balançando a cabeça negativamente até receber o sinal para abandonar. Enquanto o canadense abandonava, a segunda rodada de paradas começava, mas não houve mais mudanças na liderança. Frentzen administrou bem sua vantagem de 3s em cima de Schumacher. Mais atrás, Irvine fazia o mesmo com Fisichella para garantir mais um pódio em 1997. Era a primeira dobradinha alemã na F1 e Frentzen comentava sua primeira vitória na F1 com uma frase estranha: É como óleo em minha alma!

Chegada:
1) Frentzen
2) M.Schumacher
3) Irvine
4) Fisichella
5) Alesi
6) Hakkinen

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