Há uma história que uma coisa é vencer numa equipe pequena, sem pressão e onde você é a surpresa. Outra bem diferente é vencer numa equipe grande, quando você tem a obrigação de andar bem o tempo todo e vitórias são cobradas. Josef Newgarden já havia vencido três vezes na Indy por equipes médias e pequenas, chamando a atenção da Penske, que não mediu esforços em contar na sua equipe com o jovem e carismático americano. Para trazer Newgarden, foi feito de tudo, até mesmo dispensar Juan Pablo Montoya. E Roger Penske não deve estar nada arrependido. Numa pista em que sempre andou bem e tem uma vitória, Newgarden fez uma bela corrida, superou o gigante Scott Dixon na pista e venceu em Barber, em Alabama, na frente de Fernando Alonso, que visitava à Indy antes de enfrentar as 500 Milhas em maio.
Mesmo Barber ser uma pista encantadora, com subidas e descidas, o circuito do Alabama não produz corridas, digamos, fartas em ultrapassagens. Com retas curtas e muitas curvas longas, ultrapassar não é um das tarefas mais fáceis na Indy. Por isso, mérito para Newgarden, que largou em sétimo, sendo o pior piloto da Penske no grid, que dominou todo o final de semana. Outro detalhe que não pode ser esquecido é a falta de sorte de Will Power nessa temporada. O australiano conseguiu outra pole na carreira e liderou a corrida por praticamente 90%, mas um pneu defeituoso estragou a corrida de Power, o colocando nas últimas posições na corridas, as mesmas em que ocupa no campeonato, muito por problemas mecânicos.
Pela dificuldade de ultrapassar e por ter tido apenas uma bandeira amarela, a corrida foi sendo decidida nos pits, na medida em que os pilotos iam parando e voltando à pista. Power liderou o tempo todo, enquanto Newgarden e Dixon foram superando seus adversários nos boxes. Na única bandeira amarela da corrida, a Ganassi trabalhou melhor deixou Dixon na frente de Newgarden, mas o piloto da Penske efetuou uma das poucas ultrapassagens do dia, o que se tornou a ultrapassagem da vitória quando Power, coitado, já no fim da prova, ter que trocar seus pneus, pois um estava com defeito. Pagenaud completou o pódio, seguido por Castroneves, que foi o pior piloto da Penske na corrida. Helio largou em segundo, mas foi caindo na medida em que a corrida transcorria, sempre perdendo posições nos pits (que não foram lentos...). Kanaan, mais uma vez, esteve longe do ritmo de Dixon. Os dois veteranos brasileiros não vem fazendo boas figuras em 2017 e com a falta de renovação também na Indy, não será surpresa o Brasil ficar sem representante também nos EUA.
Com a Indy voltando a ter uma corrida mais normal, o campeonato ainda vê a surpresa Bourdais na liderança, mas seguido muito de perto por Dixon e Newgarden. Scott vem fazendo uma bela temporada e a sua vitória ainda não veio por detalhe. Logo em sua terceira corrida pela Penske, Newgarden provou que valeu a aposta da Penske.
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