Para quem não presta atenção nas minúcias de uma corrida de automóveis, a atuação das grandes estrelas da F1 atual pode passar desapercebida. Houve ultrapassagens? Não. Trocaram de posição? Apenas uma vez, por um bico na reta Kemmel, mas logo Hamilton retomou a posição. Hamilton e Vettel esperaram pelo palco perfeito para mostrarem que ambos estão um nível acima dos demais pilotos do pelotão atual da F1. Talvez com exceção de Fernando Alonso, mas o espanhol não pode mostrar nada por motivos óbvios. Na lendária pista belga, com toda a sua velocidade, seletividade, seus aclives e declives, além de toda a sua dificuldade, Hamilton e Vettel deram um show em todo o final de semana, sempre andando próximos e no limite. A corrida foi 44 voltas de classificação para os dois, com a diferença entre eles nunca superando os 2s. Um erro seria fatal. E ninguém errou. A melhor volta de ambos foi 1s mais rápida do que os demais. Haviam demonstrações de coragem e talento a cada momento. A forma como Hamilton cruzava a Eau Rouge para ficar 1s na frente de Vettel volta a volta mostra bem o quilate do inglês da Mercedes. A coragem com que Vettel atacou Hamilton, após subir a Eau Rouge colado no carro do rival mostrou bem que o alemão da Ferrari não deve nada ao inglês. Hamilton igualou o recorde de Schumacher no quesito poles, mostrando sua velocidade pura. Vettel fez uma corrida perfeita, usando uma leitura da prova ao nível, no mínimo, de Alain Prost. Cada um ao seu estilo, dentro e fora da pista, podem estar escrevendo uma bela página da história da F1. Azar daqueles que só olham para o passado e não curtem o presente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário