Quando uma pista é ruim, ou a corrida é muito boa ou é muito ruim. Quando os sheiks resolveram encher os cofres de Bernie Ecclestone com uma pista em Abu Dhabi, o objetivo deles era de uma corrida de Mônaco nas arábias. Construíram uma marina artificial e a encheu de iates luxuosos, colocaram a pista dentro de um hotel cinco estrelas e para dar um toque especial, a corrida seria realizada no crepúsculo. Tudo muito bonito (literalmente), mas numa frase bem futebolística, esqueceram de combinar com o adversário. No caso de Yas Marina, não combinaram com os fãs. Além de todo o glamour, Mônaco tem uma pista desafiadora e com os guard-rails sempre à espreita, incidentes podem acontecer a qualquer momento na prova monegasca. Safety-cars e surpresas já aconteceram aos borbotões no principado. Já em Yas Marina, Hermann Tilke projetou seu pior circuito (de longe) exatamente por não dar um real desafio aos pilotos e tirando uma ou outra exceção, sem nenhuma surpresa. Várias chicanes construídas sem o mínimo sentido, retas sem fim e curvas sem graça fazem do circuito extremamente sem emoção. Para completar, as amplas áreas de escape fazem com que os pilotos não tenham seus erros punidos, como ocorre em Monte Carlo e Cingapura, uma pista projetada por Tilke, mas que já criou liga com os fãs da F1. Ao contrário de Abu Dhabi. Como aconteceu na maioria das vezes em que a F1 aportou em Abu Dhabi, a corrida de ontem foi tenebrosa e praticamente nada aconteceu. Até os pilotos reclamaram que a corrida foi chata. Se pilotando o carro os protagonistas acharam a prova chata, imagina então para quem assistiu? Foi de dar sono. Uma pena que uma temporada tão legal acabe de forma tão melancólica. Se os árabes já demonstraram ter tando dinheiro, bem que eles poderia deixar a marina, o hotel e desmanchar a pista para fazer tudo de novo!
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