A questão 'ordens de equipe' é uma das mais sensíveis nos últimos anos da F1. A situação de equipes interferirem diretamente no resultado de corridas para melhor assentar seus interesses sempre aconteceu, principalmente com a Ferrari, que usa esse subterfúgio desde tempos idos. Não devemos nos enganar que em algum momento Lotus, McLaren, Williams ou alguma outra equipe grande também tenha mandado um piloto aliviar o ritmo para ajudar o companheiro de equipe melhor colocado no campeonato ou mesmo o mais querido pela cúpula. O diferencial é que com a tecnologia televisiva podemos ouvir o que é dito aos pilotos, nem que seja de maneira cifrada. A forma como Rubens Barrichello se comportou em 2001 e 2002 demonizou definitivamente as ordens de equipe, sendo que sempre foi algo que aconteceu não apenas na F1, como no esporte a motor como um todo. Quando uma equipe resolve escancarar sua política de primeiro e segundo piloto, ela tem que saber que as críticas virão aos montes e um dano é causado em sua imagem. Ao apertar o botão 'Tatics' e mandou Valtteri Bottas ceder sua vitória para Lewis Hamilton, Toto Wolff sabia (ou deveria saber) que dias turbulentos virão para a Mercedes. Explicações terão que ser dadas não apenas aos pilotos, mas ao público. A Mercedes ruma para o quinto título seguido, após derrotar a Ferrari em condições até mesmo adversas. Quando estava por cima, a Mercedes resolveu usar as controversas ordens de equipe. Errado? Não. Cada equipe joga de acordo com seus princípios. Desnecessário e dispensável? Sem sombra de dúvida.
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