Na manhã desse sábado em Hockenheim, os torcedores da Ferrari sentiram uma boa nostalgia quando viram a Ferrari F2004 pilotada por um piloto com sobrenome Schumacher pela pista alemã. Voltando quinze anos no tempo, a Ferrari venceu o Grande Prêmio da Alemanha de 2004 com Michael Schumacher dominando a corrida, assim como o alemão dominava aquele campeonato rumo ao heptacampeonato. Eram bons tempos da Ferrari, o auge do pai de Mick Schumacher, que deu umas voltas hoje, e da cúpula ferrarista, composta por Jean Todt, Ross Brawn e Rory Byrne. Lógico que erros e problemas aconteciam, mas a Ferrari estava tão bem estruturada, que tudo parecia coberto pela experiência dentro e fora da pista.
Retornando ao presente, a Ferrari dominava o final de semana alemão com alguma facilidade, com Leclerc chegando a botar seis décimos na turma da Mercedes, que corre literalmente em casa e em comemoração aos 125 anos de envolvimento com o automobilismo, chegou à Hockenheim com um estilo retrô. Também correndo em casa estava Vettel, que está usando o capacete da lenda do DTM Bernd Schneider. Um ano depois do erro que se tornou um marco em sua carreira, Vettel sofreu outro golpe em Hockenheim quando teve um problema no turbo de sua Ferrari ainda no Q1 e largará amanhã em último. Leclerc continuava liderando a Ferrari na luta pela pole, mas quando o Q3 começou, os mecânicos da Ferrari cercavam o carro do monegasco. Enquanto a dupla da Mercedes e Verstappen marcavam seus tempos, Leclerc saiu do cockpit vermelho para incredulidade de todos em Hockenheim. A Ferrari, talvez em sua melhor chance em 2019 para derrotar a Mercedes, abandonava com seus dois carros na classificação, entregando de bandeja a pole para Hamilton, que já se tornou o favorito a vitória amanhã.
A classificação teve alguns destaques adicionais, como a impressionante proximidade no pelotão intermediário, que viu Norris ficar no Q1, enquanto Sainz foi ao Q3. Raikkonen liderou a meiúca com sua Alfa Romeo, enquanto a Haas mostrou algum alento depois da desastrosa corrida na Inglaterra. Resta saber como os americanos sairão na corrida. Pela primeira vez no ano Stroll passou ao Q2. Mesmo com o feito, isso só é outra demonstração de fraqueza do canadense, enquanto Pérez foi ao Q3 e mostrou seu bom trabalho de sempre. Chama também atenção Verstappen ter conseguido beliscar a primeira fila, mesmo tendo problemas em seu motor. Outro ponto negativo para Bottas, que deve estar ansioso para saber se ficará ou não na Mercedes em 2020.
A corrida de amanhã já terá a atração de ver as duas Ferraris, que andaram muito bem até agora, saindo em posições bem abaixo do potencial delas. Leclerc e Vettel terão corridas divertidas pela frente, ainda mais com a possibilidade de chuva. Enquanto a Mercedes vibra outra vez em casa, a reunião da Ferrari deverá ser quente, como numa reunião de família napolitana. Bem longe dos tempos em que a Ferrari dominava a F1.
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