Olhando o grid de largada do treino em Silverstone realizado a pouco, pode-se pensar que a F1 está extremamente equilibrada. Os quatro primeiros colocados, de três equipes diferentes, ficaram separados por menos de dois décimos de segundo, com os três primeiros ficando menos de oito centésimos entre si. Porém, dando uma nova olhadinha, percebe-se que a relação da F1 em 2019 não mudou com a Mercedes completando mais uma primeira fila, com Leclerc fazendo bem o seu papel com a Ferrari (Vettel não) e Verstappen fazendo milagres com seu Red Bull.
As nuvens pesadas em Silverstone poderiam fazer da classificação um assunto interessante com pista molhada, mas a esperada chuva não veio e a classificação ocorreu de forma tranquila, mas o que chamou a atenção foi sempre que os pilotos estavam muito próximos, mesmo que com resultados iguais às demais corridas. A dupla da Williams e Stroll cumpriram o script e ficaram no Q1. Frank Williams, homenageado pelos seus 50 anos de F1, mordia os lábios com seus carros ficando a 1s dos demais. Kvyat foi outro que ficou no Q1, demonstrando muito bem que o russo tem que dar graças a Deus por ainda estar na F1.
McLaren e Renault lideraram o pelotão intermediário, mesmo Carlos Sainz tendo ficado pelo Q2. Vettel sofria com problemas de abertura do seu DRS e por isso, não conseguia igualar os ótimos tempos de Leclerc, que brigava com as Mercedes pela ponta, enquanto Max Verstappen, que não vinha esmagando Gasly como costumeiramente acontece, acordou no Q2. Mesmo correndo em casa e vindo de quatro poles seguidas em Silverstone, Hamilton foi superado por Bottas, mesmo melhorando seu tempo na segunda tentativa do inglês, mas acabou por ser milésimos insuficiente para superar Bottas, que voltou a ficar em primeiro no grid. Leclerc vinha mais rápido em sua última volta, mas acabou perdendo no terceiro setor e ficou em terceiro, mas menos de um décimo atrás de Bottas, com Verstappen separando as Ferraris com um ótimo tempo no fim.
Apesar de todo esse equilíbrio, a Ferrari já detectou que não tem o mesmo ritmo da Mercedes em ritmo de corrida, enquanto Bottas já mostrou algumas vezes esse ano que Hamilton ainda é muito superior durante as provas. Vitória fácil de Hamilton? Tudo indica que sim, mas ano passado Hamilton foi tocado na primeira curva e perdeu a vitória, enquanto a chuva, que só ameaçou hoje, pode cair amanhã, num grid nem tão normal como ocorreram em outras oportunidades, mas sem o embaralhamento da Áustria, que causou uma ótima corrida. Dedos cruzados para termos uma boa corrida e os chatos de plantão não voltem com suas trombetas do apocalipse.
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