Enquanto o ocupante da parte superior comemorava, talvez, uma das maiores exibições individuais da F1 no século 21, usando o mesmo carro e tendo cruzado a primeira volta logo atrás do companheiro de equipe, terminando a prova num obscuro sétimo lugar, uma volta atrás, chegou Pierre Gasly. O jovem francês da Red Bull está nessa parte da coluna mais uma vez, mas apesar de Robert Kubica pudesse estar aqui por ter conseguido tomar uma volta do companheiro de equipe, George Russell nem de longe emulou o desempenho de Max Verstappen nesse domingo. Os finais de semanas tenebrosos de Pierre Gasly vão se acumulando e o francês fica cada dia com menos defesa. Correndo na casa de sua equipe, Gasly cruzou a primeira volta colado na traseira de Verstappen graças a má largada do holandês, mas a partir de então o ritmo de corrida dos dois pilotos da Red Bull foi inacreditavelmente diferente. Enquanto Verstappen ultrapassava com facilidade Lando Norris e Kimi Raikkonen, Gasly ficou empacado atrás de dois pilotos muito bons, mas com equipamentos nitidamente inferiores ao que Gasly tinha em mãos. O francês ainda superou Raikkonen, mas não o fez com Lando Norris. Apesar do grande desenvolvimento da McLaren, o abismo entre as equipes top-3 e o resto ainda é gigantesco e nem assim Gasly foi capaz de superar o novato inglês. Nas últimas voltas, Verstappen perseguiu ferozmente Charles Leclerc e um dos retardatários que teve que superar foi justamente seu companheiro de equipe. Uma amostra clara que o trabalho de Pierre Gasly em 2019 vem sendo abaixo da crítica. Se antes a Red Bull tinha pilotos jovens sobrando em seu programa de desenvolvimento, a ponto de substituir Kvyat por Verstappen no meio da temporada, agora os austríacos tem que aguentar um piloto que não marca pontos suficientes no Mundial de Construtores. Vendo o que acontece com os pilotos que não cumprem os altos níveis exigidos por Helmut Marko, já está na hora de Gasly olhar alguma coisa fora da F1...
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