Hoje a MotoGP saiu do padrão de corridas emocionantes e a prova na Alemanha não foi das mais animadas. E um dos culpados pela falta de emoção da corrida desse domingo manteve seu padrão em Sachsenring: Marc Márquez venceu. Pela décima vez consecutiva no pequeno circuito que ficava na Alemanha Oriental. Uma vitória de ponta a ponta, mesmo o espanhol não largando bem, mas bastou a freada da primeira curva para Márquez pontear a corrida até o final e vencer pela quinta vez na temporada e disparar em um campeonato que já parece ter dono.
Se em Austin, onde sempre venceu, Márquez caiu esse ano, em Sachsenring o espanhol da Honda não deu chances aos seus rivais. Márquez ainda deu uma bobeada na largada e chegou para a freada da primeira curva atrás de Quartararo, mas bastou frear um pouquinho mais tarde para se ver livre de qualquer ameaça e apenas aumentar sua diferença para os demais, numa corrida solitária de Márquez. Os números do espanhol espantam. Pela segunda vez na história do Mundial de Motovelocidade algum piloto venceu pela décima vez consecutiva numa mesma pista. Com o apagado quinto lugar de Andrea Doviziozo, o hexacampeonato na MotoGP de Marc já pode ser considerado favas contadas, o que juntando aos dois títulos nas categorias inferiores, Márquez irá para o oitavo título mundial, ficando apenas a um de Valentino Rossi. Isso com 26 anos de idade. Um piloto monstruoso e histórico, mesmo que muitos não gostem dele. Márquez não tem o carisma de Rossi, mas é definitivamente feito do mesmo material da lenda italiana.
Com Márquez imparável na frente, restou a briga pela segunda posição. E nem assim isso animou a corrida. Com Quartararo tendo feito uma primeira volta horrorosa e caindo logo em seguida, os espanhóis Maverick Viñales e Alex Rins disputavam o segundo posto, com vantagem para o piloto da Suzuki, enquanto Viñales era pressionado por um heroico Cal Cruthlow. Porém, Rins caiu já na metade final da corrida e Viñales segurou sem maiores arroubos a pressão de Cruthlow, que correu com uma fratura no joelho e se manteve colado na rabeta de Viñales até a antepenúltima volta. Um pódio valioso para o inglês. Mais atrás, as Ducatis brigavam entre si. De contrato renovado, Petrucci conseguiu derrotar seu companheiro de equipe Doviziozo, que vai marcando seus pontos, mas está longe de brilhar. Com apenas uma vitória na abertura do campeonato, Doviziozo vê o sonho do título cada vez mais distante com corridas perfeitas de Márquez, que desde o Catar sempre chegou à sua frente, quando ambos receberam a bandeirada. Rossi fez uma corrida burocrática, após uma classificação medíocre. Pode ser duro para os fãs (eu incluso), mas o tempo de Valentino já está passando e somente seu carisma o deixa numa equipe de fábrica como a Yamaha, que lhe deve quatro títulos na MotoGP, mas no momento Rossi está ficando para trás em comparação aos demais pilotos Yamaha. Um fato interessante do meio do pelotão foi que Stefan Bradl, substituto de Lorenzo e que nos últimos tempos é comentarista de TV, conseguiu um resultado bem similar ao que o tricampeão vem conquistando. Seria um sinal para Lorenzo?
Foi uma corrida longe de ser emocionante por causa de Marc Márquez, que vai tornando o campeonato desse ano ainda mais chato. Porém, da mesma forma como a Mercedes e Lewis Hamilton, não podemos criticar um piloto por ser melhor do que os outros ou que está ganhando demais. Os outros que corram atrás!
Similar não. Bradl conseguiu em uma corrida só obter um resultado bem melhor que o Lorenzo nas sete corridas que fez pela Honda(Bradl foi 10o na Alemanha enquanto que o melhor que Lorenzo obteve foi um 11o lugar na França)
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