No auge de Valentino Rossi, dava pena de Max Biaggi e Sete Gibernau. Por mais que liderassem as corridas, todo mundo sabia que Rossi daria um bote nas voltas finais e o italiano venceria a corrida. Isso aconteceu várias vezes em meados da década passada. Cada vez mais parecido com Rossi, Márquez vai incorporando esse ponto forte de Valentino. Ao invés de atacar de vez, Márquez vai estudando as linhas e os pontos fracos dos adversários antes de dar o bote decisivo sobre o rival. Fabio Quartararo já sofreu dessa nova faceta de Márquez algumas provas atrás e hoje foi a vez de Maverick Viñales. O espanhol da Yamaha liderou todo o final de semana, fez a pole e após uma má largada, se recuperou até reconquistar a ponta.
Porém, para infelicidade de Viñales, Márquez não se desgrudou da Yamaha de Maverick. Márquez não atacava, apenas esperava. Com um motor muito mais forte do que a Yamaha, era nítido que Márquez segurava sua Honda no final da reta dos boxes, mas o espanhol tinha outros pensamentos. No início da última volta Márquez caprichou na última curva e engoliu Viñales na reta dos boxes, não dando chances ao compatriota. Meio que no desespero Viñales tentou uma manobra banzai na curva 10 e acabou no chão, por muito pouco não levando Márquez consigo. Zero ponto para Viñales e um baita golpe psicológico dado por Márquez. Em segundo chegou Cruthlow, um ano depois de ter destruído seu tornozelo direito num treino em Phillip Island. Correndo em casa Jack Miller completou o pódio numa animada briga com vários pilotos. Largando pela 400º, Rossi chegou a liderar as primeiras voltas, mas foi ultrapassado seguidamente e ficou no segundo pelotão, junto das Ducatis, Suzukis e as surpreendentes Aprilias. Mais para trás, Johan Zarco subia pela primeira vez na vida numa Honda e conseguia pontos com a moto, enquanto Jorge Lorenzo era um distante último colocado, com a mesma moto do vencedor Márquez. No momento, é até incompreensível a Repsol Honda manter o já veterano espanhol para 2020.
Márquez venceu pela 11º vez em 2019, se tornou o terceiro piloto com mais vitórias na categoria principal do Mundial de Motovelocidade. Um gênio em formação e com mais facetas sendo mostradas.
A Honda deveria mandar logo o Lorenzo embora e colocar o Crutchlow no seu lugar já pra Sepang mesmo.
ResponderExcluirE o pior é que o contrato do Lorenzo com a Honda prevê um aumento de meio milhão de euros no seu ordenado já pra 2020... Isso explica porque o Lorenzo não tomou a mesma atitude do Zarco com a KTM...