domingo, 26 de fevereiro de 2017

STR12

Última equipe a apresentar seu carro para 2017, a Toro Rosso foi uma que mais chamou a atenção pelas mudanças estéticas. Sem muito alarde, o time B da Red Bull mudou o tom do azul e colocou muito prata e cinza no lay-out do seu carro, fazendo com que a Toro Rosso tivesse um dos carros mais bonitos do pelotão atual.

Após vários anos praticamente seguindo o mesmo conceito de sua irmã maior, a Toro Rosso mudou sua pintura radicalmente e ficará bem diferente da Red Bull em 2017. Porém, o novo carro terá como missão deixar o time na sonhada (e nunca conseguida) quinta posição no Mundial de Construtores, além de ser uma incubadora de pilotos para a Red Bull. Carlos Sainz sonha com uma vaga na Red Bull e no seu currículo tem não apenas uma vitoriosa trajetória nas categorias de base, além de ser filho da lenda do WRC Carlos Sainz, como ter sido o piloto a ter andado no mesmo ritmo de Max Verstappen, o que não é pouca coisa. O espanhol foi sondado por outras equipe, mas a Red Bull confia tanto em Sainz, que não o liberou. Resta saber se Sainz terá tanta paciência em vagar um cockpit na Red Bull em algum momento e quem sairá no time principal para Carlos entrar. Daniil Kvyat é outro caso estranho de um piloto estar num bom lugar meio sem fazer por merecer. Após um ano na própria Toro Rosso, o russo subiu para a Red Bull, mas após algumas trapalhadas, Kvyat acabou escorraçado pela Red Bull para a entrada de Verstappen. O russo passou pela vexatória situação de ser rebaixado durante a temporada e em nenhum momento andou no nível de Sainz. Mesmo tendo Pierre Gasly, atual campeão da GP2, prontinho para debutar, a Red Bull preferiu deixar Kvyat outro ano na Toro Rosso. Nem precisa dizer que essa é a última chance do russo na F1.

Como sempre, a dupla da Toro Rosso segue pressionada para mostrar serviço para Helmut Marko e tentar um lugar na Red Bull. Porém, Sainz segue numa situação mais cômoda, enquanto Kvyat está à beira do precipício com sua carreira. Desta vez com pilotos experientes, a Toro Rosso espera reverter toda essa pressão em bons resultados.

A Toro Rosso encerrou a apresentações dos carros de 2017 e agora a F1 está em Barcelona para a sua primeira sessão de pré-temporada. Como sempre, não dá para fazer julgamentos com os tempos marcados a partir de amanhã, mas não custa nada acompanhar quem quebra menos, quem faz bons stints de corrida e ler de quem está in-loco quais carros estão bem ou não na fita. 

VF-17

Sabe aquela piada no futebol quando o principal reforço de um time é quanto determinado jogador não está na partida? Pois isso se adapta muito bem à Haas. A saída de Esteban Gutierrez do time trouxe um upgrade ao time novato, pois Kevin Magnussen certamente é bem mais piloto do que o medíocre mexicano e ao lado de Romain Grosjean, trazer uma perspectiva melhor para a equipe americana.

A Haas trouxe algumas mudanças em seu lay-out, saindo o branco e entrando um cinza escuro, deixando o carro mais bonito e agressivo, assim como o desenho do chassi, por causa do regulamento. Como falado no parágrafo anterior, a saída do fraquíssimo Esteban Gutierrez irá favorecer à equipe conquistar mais pontos, que em 2016 foram todos conquistados por Romain Grosjean. Enquanto a equipe desenvolveu o carro, a Haas fez boas provas e Grosjean aproveitou para marcar bons e preciosos pontos, mas com o noviciado da equipe e sabendo que 2017 iria mudar tudo, a equipe de Gene Haas passou a se concentrar no carro desse ano, fazendo com que Grosjean e Gutierrez passassem por momentos perigoso, principalmente com os freios. Para o lugar de Gutierrez, veio Kevin Magnussen, que já está em sua terceira equipe em quatro anos, algo não muito bom em qualquer currículo, mas por outro lado, mostra que o danês tem talento o suficiente para garantir a confiança de qualquer equipe da F1, enquanto que Grosjean segue como o nome a liderar a equipe.

Veremos se o tempo para desenvolver o carro de 2017 valerá a pena para a Haas, que terá esse ano uma dupla de pilotos mais homogênea.

RB13

Lançado às 13:13 na Europa, a Red Bull mostrou que não liga muito para superstições e mostrou o seu novo carro ao mundo, o RB13. Os tempos de equipe simpática ficaram definitivamente no passado para a Red Bull e agora o time austríaco é, por causa do chorôrô dos seus dirigentes, uma das equipes mais antipatizadas do paddock, mas Christian Horner e Helmut Marko não tem muito do que reclamar do estágio atual da equipe, principal favorito a peitar a Mercedes em 2017.

O novo carro da Red Bull só mudou por causa do regulamento, mas fora isso, o bólido é idêntico ao do ano passado. Não restam muitas dúvidas que o maior trunfo da Red Bull para 2017 está entre o volante e o banco dos seus carros. Max Verstappen e Daniel Ricciardo formam uma dupla das mais fortes e explosivas da F1 atual. O jovem holandês vem arrancando suspiros de quem gosta de F1 e ver uma estrela nova nascer. Em pouco tempo de F1, Verstappen já mostrou que tem todos os predicados para ser um campeão do futuro, inclusive os negativos, como a presunção e arrogância, de nunca se achar errado em suas atitudes.  Porém, Max tem a velocidade para se achar assim. Ao contrário do holandês, Daniel Ricciardo exibe uma alegria esfuziante ao mesmo tempo que mostra-se um piloto cada vez mais rápido e sólido na F1. Em 2016 o australiano conseguiu ser o melhor do resto e com um terceiro lugar de certa forma até tranquilo, Daniel mostrou aos seus concorrentes que já é uma estrela na F1 atual. Porém, se ano passado Ricciardo superou Verstappen, na primeira temporada completa dos dois juntos veremos o quanto o australiano poderá segurar o rojão holandês.

Com um ótimo chassi e uma dupla de pilotos do barulho, a Red Bull vem forte para 2017, lembrando que o time tem na sala de projetistas um monstro sagrado chamado Adryan Newey, que adora construir carro dominantes após uma profunda mudança de regulamento, como a desse ano. Se ano passado a Red Bull foi a única a conseguir tirar a invencibilidade da Mercedes, se estiver mais próximo do time da estrela de três pontas, os austríacos tem boas chances de melhorar ainda mais,

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

MCL32

Se havia um carro que atraía bastante curiosidade nesse início de 2017, era o da McLaren. Profundas mudanças internas dentro da McLaren nos últimos tempos fizeram com que a tradicional equipe inglesa se tornasse uma incógnita para 2017 desde a apresentação. E o time não decepcionou. O negro e vermelho saiu para a volta do laranja, cor que a McLaren iniciou suas atividades nos anos 1960 na F1, ainda com Bruce. Os pachecos lembrarão do branco-e-vermelho das 'manhãs de domingo' como mais tradicional...

O novo McLaren trouxe um desenho mais agressivo que as rivais, além das cores, com uma asa dianteira diferente. Contudo, o que a McLaren quer mais de diferente são os resultados dentro da pista. Sem vitória desde 2012, a McLaren teve dois anos horríveis desde que firmou parceria com a Honda, apesar da clara evolução em 2016. Fernando Alonso continua na equipe, apesar das constantes e fortes reclamações contra a equipe. Ninguém duvida que o espanhol é uma estrela da F1, mas seu último título aconteceu há mais de uma década e o tempo, como diria a música, não para. Tanto que a McLaren substituiu o aposentado Jenson Button pela promessa Stoffel Vandoorne. O belga desde cedo é um protegido da McLaren e dominou a GP2 de forma arrebatadora. Na única chance que teve na F1, marcou ponto com a McLaren, o que levando-se em conta a ruindade dos últimos carros da equipe, é um feito e tanto. A trajetória de Vandoorne lembra um pouco a de Hamilton e a McLaren torce para que acerte novamente.

Para isso, a McLaren, juntamente com a Honda, tem que melhorar sua performance de forma exponencial. A saída de Ron Dennis é um marco tão grande, que não mudou apenas as cores, como também o nome dos carros, saindo o 'P4' tão tradicional nos últimos 35 anos na McLaren. Porém, antes que alguém sinta falta de Dennis, o desenho limpo de patrocínios é um lembrete perigoso de quanto a McLaren hoje depende da Honda. Se a Honda fizer um grande motor e a McLaren acertar com o novo regulamento, tendo um Fernando Alonso nas mãos, seria muito bom ter a McLaren novamente brigando por vitória. Briga do qual o time sempre esteve mereceu estar pela história e tradição. 

SF70H

A Ferrari apresentou seu carro sem muito alarde, como vem acontecendo com a maioria das outras equipes nesse ano. Porém, a Ferrari quer resultados bem diferentes dos de 2016, onde a equipe italiana começou o ano falando em ser campeã e acabou sem nenhuma vitória. Ao contrário de outras crises, não houve tanta gritaria à italiana e fora James Allison, que saiu por causa da prematura morte de sua esposa, a equipe permaneceu praticamente a mesma de 2016, esperando que a continuidade ajude à Ferrari voltar aos bons tempos.

O time de Maranello seguiu as demais equipes também no quesito carro, com poucas novidades visuais, afora as programadas pela mudança de regulamento. A dupla Sebastian Vettel-Kimi Raikkonen se manteve pelo terceiro ano consecutivo, mesmo o finlandês não andando tão forte quanto se imagina de um campeão. Por sinal, Kimi foi o último campeão pela Ferrari, em 2007... Vettel não teve um ano tão forte como em seu debute pela Ferrari em 2015 e acabou sucumbindo à melhora da Red Bull. Vettel acabou marcado pelas constantes reclamações pelas bandeiras azuis, ficando conhecido como o grande chorão de 2016. Também muito pouco para um tetracampeão e o alemão fará de tudo para retornar aos bons tempos. Hoje o piloto mais velho do grid, Raikkonen tentará prorrogar sua aposentadoria, mesmo que o mais provável é que isso aconteça no final desse ano. Kimi é outro que se caracteriza por outros aspectos fora das pistas. Sua forma rabugenta com que lida com as frescuras da F1 atrai muitos fãs para o finlandês.

A Ferrari tentará reviver seus tempos áureos, o mesmo acontecendo com seus dois pilotos. Vettel e Raikkonen lutarão para serem reconhecidos pelo o que fazem, e bem, dentro das pistas e ambos necessitarão de um bom carro da Ferrari para fazê-lo.  

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

W08

A Mercedes mostrou o carro que tentará manter sua supremacia na F1 atual, mesmo que desfalcada do atual campeão, Nico Rosberg, o surpreendente recém-aposentado. Para o lugar de Nico, estreará na equipe Valtteri Bottas, que terá uma chance de ouro, mesmo tendo que enfrentar um já monstro sagrado Lewis Hamilton.

O carro da Mercedes foi o mais simples dos apresentados até agora, mas como foi a grande referência dos últimos anos, a curiosidade estará para ver como o novo carro prateado se comportará com os novos regulamentos e como Bottas irá se sair pela primeira vez com um carro de ponta nas mãos. Apadrinhado por Toto Wolff desde que o empresário austríaco era um dos investidores da Williams, Bottas parecia com o seu caminho trilhado rumo à Mercedes, mas o surgimento de jovens pilotos genuinamente da Mercedes (Wehrlein e Ocon) e a falta de grandes atuações de Bottas na Williams parecia fazer com que o finlandês ficasse mesmo no ostracismo de uma Williams que vai decaindo aos poucos. Porém, a aposentadoria surpresa de Rosberg virou a vida de Bottas de cabeça para baixo. Se antes o finlandês se conformava com pódios em dias bons da Williams, com o melhor carro do pelotão (pelo menos em teoria...), Bottas terá que lutar por vitórias em todas as corridas, algo no qual não estava acostumado desde que entrou na F1.

E Valtteri terá que enfrentar um piloto que, queiram ou não, já vem fazendo história na F1. Os números de Hamilton já o colocam entre os grandes da categoria e tê-lo ao seu lado não faz muito bem psicologicamente aos seus companheiros de equipe, vide a saída repentina de Nico Rosberg após quatro anos juntos. Nico estava exausto mentalmente e com o título nas mãos, provavelmente o alemão não queria ter pela frente Hamilton louquinho para recuperar o troféu que ele acha dele.

A missão de Bottas será dura, mas ainda não se sabe ao certo se o domínio da Mercedes continuará em 2017. A mudança de regulamento poderá trazer surpresas, mas que ninguém duvide que a Mercedes é a equipe mais preparada para enfrentar qualquer tipo de eventualidade e terá em Hamilton sua principal arma. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

VJM10

A Force India vive uma situação no mínimo estranha. O time vive sua melhor fase na F1, conseguindo alguns pódios com Sergio Pérez ano passado e ficando com uma inédita quarta posição no Mundial de Construtores. Porém, seu dono Vijay Mallya vive na Inglaterra à força, pois no seu país natal há uma ordem de prisão e recentemente a Índia solicitou aos ingleses a extradição de Mallya.

Mesmo com toda essa incerteza, a Force India mostrou seu carro hoje, sendo o mais diferente de todos. Um degrau no meio do bico nos faz lembrar os horrorosos carros de 2011. A pintura também mudou, com o prata se fazendo mais presente e com a enorme barbatana que caracteriza os carros de 2017, parecia que havia um muro na traseira do novo carro da Force India. Cada vez mais maduro, Pérez vai para o seu quarto ano na equipe. Mesmo correndo lado a lado com o badalado Nico Hulkenberg, Pérez superou o alemão, após uma frustrada passagem pela McLaren em 2012. Com 27 anos e entrando no seu oitavo ano de F1, Pérez parece cada vez mais preparado para assumir o cockpit de um carro competitivo e muito se fala em Sergio na Ferrari em 2018. Como a concorrência não é pequena, Pérez terá que se esforçar muito para conseguir a cortejada vaga, lembrando que o mexicano já fez parte da academia de jovens pilotos da Ferrari.

Ao lado de Pérez, Esteban Ocon terá a chance de, com um bom carro, confirmar tudo que se espera dele. O francês simplesmente derrotou Max Verstappen quando correram juntos na F3 Europeia e Ocon ainda venceu a GP3, chamando a atenção da Mercedes, que o trouxe como piloto em formação. Mesmo tendo o talentoso Pascal Wehrlein nas mãos, a Mercedes colocou Ocon na frente do programa de jovens pilotos e pôs o francês na Force India, com quem mantém parceria há vários anos.

Com uma dupla forte e querendo muito mostrar serviço, a Force India tem todas as condições de repetir o ótimo ano que teve em 2016, mesmo tendo algumas incertezas em seu horizonte.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

R.S.17

E hoje foi a vez da Renault. A montadora francesa retornou (pela enésima vez...) à F1 no final de 2015 de forma atabalhoada e resultou num péssimo 2016, onde a equipe pouco fez com os restos da Lotus, que já não tinha mostrado muita coisa em seu último na F1 por total falta de financiamento. Mesmo tendo por trás uma montadora tradicional como a Renault, o time fracassou de forma retumbante e como o regulamento ia mudar radicalmente em 2017, a Renault preferiu focar apenas no carro desse ano.

Visualmente, o tom amarelo ganha mais tons negros, lembrando um pouco o famoso lay-out do começo dos anos 1980 da pioneira equipe Renault. A barbatana, as asas mais largas e os pneus mais rechonchudos estão lá e provavelmente todas as equipes mostrarão isso até domingo, quando se encerra esse período de apresentações. Com vários títulos na bagagem, a Renault pensa alto, porém, vindo de um ano tão ruim, essa evolução não virá logo e por isso trouxeram Nico Hulkenberg para ser a ponta de lança nesse caminho rumo aos títulos num planejamento à longo prazo. O alemão terá uma chance única na carreira. Considerado um ótimo piloto desde que estreou na F1 no começo dessa década, Nico irá completar 30 anos nessa temporada e já corria o risco de ter colado em sua testa a fama de eterna promessa. Correndo finalmente numa equipe de fábrica e com paciência para conseguir seus objetivos, Hulk poderá mostrar todo o seu talento. Se ontem falei de chances inacreditáveis que a F1 dá, hoje a história se repete com Jolyon Palmer. Campeão da GP2 em 2014, o inglês reclamou de não conseguir uma chance após o seu título, onde viu seu rival Felipe Nars estrear na F1 antes dele. Quando finalmente conseguiu estrear na F1, o filho de Jonathan Palmer mostrou-se um piloto de mediano para fraco, ainda conseguindo um ponto já no final da temporada, quando a Renault já tinha se indisposto com Kevin Magnussen e passou a focar mais no inglês. Claramente menos piloto do que o danês, Palmer só ficou na Renault porque o time não conseguiu acerto com Magnussen. Nem precisa dizer que essa é a última chance de Jolyon fazer algo que faça sua permanência na F1 algum sentido.

Com tradição e experiência, a Renault tem todas as condições de voltar ao topo do grid, mesmo que não seja em 2017. Sendo uma equipe de fábrica, a montadora francesa tem muito a investir e pode surpreender nos próximos anos, fazendo com a F1 ganhe mais 'players' na briga pelas vitórias. Com um bom piloto faminto por sucesso, a Renault pode estar trilhando um bom caminho rumo aos bons tempos novamente. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

C36

Começando essa semana de muitas apresentações de carros para 2017, a Sauber mostrou o carro que celebra sua 25º temporada seguida na F1, mas se o azul sem patrocínios lembra um pouco o belo bólido negro que fez o time suíço estrear na F1 em 1993, as circunstâncias são bem diferentes. No já distante ano de 1993, a Mercedes bancava a equipe e a Sauber aproveitou a chance para se estruturar e praticamente caminhar sozinha a partir de 1995, se tornando uma das equipes mais longevas da F1 atual. Contudo, hoje o time vive de seguidos anos terríveis e o futuro não é dos mais animadores.

O novo C36 segue o caminho da Williams, onde as maiores diferenças visíveis estão nas asas e nos pneus mais largos, porém a Sauber mudou um pouco a pintura, pois a saída do Banco do Brasil significou também a saída dos detalhes amarelos do carro, que ficou bem parecido com a antiga Ligier, com um azul escuro e detalhes brancos, além de uma grafia sobre os 25 anos que a Sauber completa em 2017. Muitas vezes eu não entendo o motivo que certos dirigentes se mantém à frente de equipes e um desses dirigentes é Monisha Katelborn. Desde que a advogada hindu-austríaca assumiu a Sauber o time foi ladeira abaixo, tanto dentro como fora das pistas. Como não esquecer a presepada de 2015, onde Katelborn contratou seis pilotos para duas vagas? A Sauber sofre com uma pessoa sem a competência necessária e que só completou 2016 por causa de um obscuro fundo de investimento que apareceu para salvar a lavoura, que não apenas permitiu a Sauber terminar o ano, como também contratar um novo diretor técnico (Jorg Zander) e fazer algo básico: colocou os salários em dias. A Sauber lembrou os times brasileiros em tempos nada animadores...

Para tentar livrar a Sauber da última colocação, já que 2017 não haverá a Manor, a dupla de pilotos terá o já experiente Marcus Ericsson e a promessa Pascal Wehrlein. Conta-se que foram os patrocinadores de Ericsson que manteve a Sauber até agora e por isso ele ficou, no lugar do também piloto-pagante Felipe Nasr. De talento discutível, Ericsson terá outro piloto bastante promissor ao seu lado. Wehrlein é protegido da Mercedes, que o colocou na Sauber para ganhar ainda mais experiência para poder assumir o volante da Mercedes um dia, algo que Wehrlein quase conseguiu, com a aposentadoria surpresa de Nico Rosberg. Porém, o jovem alemão foi ultrapassado dentro das canteiras da Mercedes por Esteban Ocon e será interessante saber como Pascal saberá lhe dar com as adversidades que teve na segunda metade de 2016, mesmo o alemão ter mostrado muito talento. Para mostrar que continua vivo na luta por um lugar na Mercedes, Wehrlein terá que bater Ericsson com alguma facilidade. Algo que Nasr não conseguiu.

Com a esperança que Wehrlein faça um algo a mais, como ele fez na Manor, a Sauber parte para 2017 com o mesmo objetivo dos anos anteriores: sobreviver mais uma temporada.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

FW40

Foi de surpresa, mas a Williams começou a série de apresentações dos novos carros de 2017 com o seu modelo FW40. Para qualquer equipe que mostrasse seu carro nesse começo de ano, havia uma grande expectativa de como estariam os modelos para esse ano, com a gigantesca mudança de regulamento que marca 2017. E o resultado frustrou um pouco as expectativas.

Talvez pelo tom escuro das fotos, pouco se notou de muito diferente no carro dessa nova fase da F1 em comparação ao do ano passado. As asas estão maiores, além da proteção do cockpit mais encorpada e os pneus emais largos, mas fora isso, nada de muito diferente do que a Williams vinha mostrando desde 2014. O time de Frank Williams foi uma das mais atingidas pela aposentadoria surpresa de Nico Rosberg após o final da temporada passada, pois se a tradicional equipe pensava em ter Valtteri Bottas como seu principal piloto, a Williams viu o finlandês se mandar para a Mercedes, enquanto trazia de volta do sofá Felipe Massa, que fez uma bonita despedida em Interlagos e dificilmente repetirá a emoção vivida em São Paulo.

Massa será uma espécie de tutor para Lance Stroll, canadense de 18 anos que ganhou tudo nas categorias de base, mas além de talento, Stroll principalmente contou com uma polpuda ajuda do papai, que literalmente não poupou para que Lawrence ascendesse na F1 tendo em mãos do bom e do melhor. A forma como Stroll chegou à F1 lembra um pouco o que Nelson Piquet fez com o filho Nelsinho, com a diferença do tricampeão não ter tido bala na agulha para comprar parte de uma equipe média na F1, como foi o caso de Stroll. Conta-se que Bottas não estava gostando muito da ideia de ter como companheiro de equipe o filho de um dos financiadores da equipe, algo que Massa aceitou de bom grado, até mesmo para permanecer na F1 e manter o Brasil por pelo menos mais uma temporada na elite do automobilismo.

Mesmo a Mercedes ainda tendo o melhor motor da F1, Ferrari e Renault se aproximaram bastante dos alemães, fazendo com que a boa fase da Williams, quando a diferença entre a Mercedes e as demais era abissal, se esvaísse e em 2016, a Williams não foi bem a segunda melhor equipe da Mercedes, sendo superada pela Force India. A Williams ainda fala em voltar aos bons tempos de vitórias e títulos, mas enquanto for uma equipe cliente, a tradicional equipe de Frank continuará como coadjuvante. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A mais jovem vítima

Onde teria chegado Ricardo Rodríguez? Essa pergunta ainda martela quem acompanha e estuda a história do automobilismo. O mexicano tinha todos os recordes de precocidade num tempo em que os pilotos de F1 e de Endurance, principais categorias da época, muitas vezes chegavam ao seu auge com mais de trinta anos. Porém, Rodríguez não apenas batia recordes de precocidade, como também brilhava intensamente e se fosse vivo, o jovem Ricardo, que estreou há sessenta anos atrás nas corridas, hoje seria um senhor de 75 anos de idade.

Ricardo Valentín Rodríguez de la Vega nasceu na cidade do México no dia 14 de fevereiro de 1942, numa família com boas condições financeiras e de vários esportistas. O primeiro esporte de Ricardo foi o ciclismo, onde se tornou campeão rapidamente, mas logo o adolescente mexicano estava em cima de motos, se destacando pela rapidez com que conseguia se adaptar. Seu pai, Pedro, via com muito entusiasmo a evolução esportiva do seu filho e com apenas 15 anos, Ricardo estreou no automobilismo. Com tamanho talento, Rodríguez não ficou correndo apenas no seu país e ainda em 1957 ele correu na famosa pista de Riverside, onde com um Porsche RS, venceu em sua categoria, deixando a todos estupefatos.

Seu pai era o seu principal incentivador, juntamente com seu irmão dois anos mais velho, Pedro Rodríguez, Ricardo já chamava a atenção a ponto de correr na famosa equipe NART, representante da Ferrari nos Estados Unidos. Em 1958 Ricardo chegou a se inscrever nas 24 Horas de Le Mans, mas por ter apenas 16 anos, foi impedido de correr. O mexicano voltou no ano seguinte e em 1960, em sua terceira vez em Sarthe, conseguiu um segundo lugar, sendo até hoje o mais jovem a subir ao pódio em Le Mans. As conexões da NART com a Ferrari levaram Ricardo Rodríguez à Scuderia. Junto com sua esposa e o amigo Jo Ramírez, Ricardo estreou pela equipe Ferrari de F1 em 1961 de forma impressionante. Sendo o primeiro piloto a correr de F1 com menos de 20 anos, Rodríguez simplesmente conseguiu um lugar na primeira fila em Monza!

Mesmo quebrando durante a trágica corrida italiana, todos enxergavam Ricardo Rodríguez num campeão em potencial. Mesmo tendo contrato com a Ferrari para 1962, os italianos resolveram preservar o seu diamante bruto, fazendo-o escapar da péssima temporada que a Ferrari teve naquele ano, mas nas corridas em que esteve presente, Rodríguez impressionou. Foi quarto na perigosa pista de Spa e debaixo de muita chuva em Nürburgring, Ricardo arrancou um excelente sexto lugar. Rodríguez ainda venceu a tradicional Targa Florio de 1962. Já no final da temporada, seria realizado o primeiro Grande Prêmio do México e logicamente Ricardo seria a maior estrela da competição. Porém, havia um problema. Como não era um evento oficial, a Ferrari resolveu não participar da corrida fora do campeonato, mas Ricardo Rodríguez não poderia ficar de fora. Seu pai, um dos organizadores da corrida, consegue um acordo com os italianos e Rodríguez é inscrito na equipe de Rob Walker. Correndo pela primeira vez com um Lotus, Rodríguez testou bastante na ondulada pista de sua cidade natal. Na entrada da curva Peraltada, a suspensão da Lotus quebrou e Ricardo se espatifou no muro de pneus. O mexicano teve morte imediata.

O México inteiro ficou consternado e a Ferrari, até hoje, mantém um memorial para Ricardo Rodriguez que, com 20 anos de idade, foi o piloto mais jovem a morrer até hoje na história da F1. Seu irmão Pedro demorou a engrenar na carreira, mas conseguiu sucesso nas corridas, principalmente no Endurance, porém Pedro também faleceria numa corrida em Norisring, em 1971. Em homenagem aos dois, o Autódromo da Cidade do México passaria a ser chamar Autodromo Hermanos Rodríguez. Numa comparação até clichê, Ricardo Rodríguez causou nos anos 1960 o mesmo impacto que Max Verstappen está causando hoje na F1, mas para azar do mexicano, isso aconteceu numa época bem mais perigosa do automobilismo.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Outro mundo

Essa semana pipocou na net um vídeo mostrando um outro lado do trágico final de semana em Ímola/1994: da arquibancada. O norueguês Thomas Gronvold viajou do seu país para Ímola torcer pela Ferrari acabou conseguindo registro interessantíssimos, nunca antes mostrados, daqueles dias inesquecíveis da F1. Um fato interessante é que mesmo num clima ruim, houve comemorações e aplausos, mas não se deve culpar o público ou taxa-los de indiferentes. Era simplesmente outro mundo. Se tudo aquilo acontecesse hoje, esse vídeo não demoraria quase 23 anos de ir ao youtube. Pelo celular, estaria automaticamente nas redes e as tristes informações que estavam acontecendo estariam na palma da mão das pessoas que acompanhavam a corrida em Ímola em tempo real. Um vídeo triste, mas que vale a pena assistir.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

História: 10 anos do blog

Começo de 2007. Eu era um recém-formado em engenharia, mas infelizmente engrossava a lista de desempregados no país e para ocupar minha mente, já que não havia mais faculdade e estágio, entrei num cursinho para concurso, na época se tornando a fábrica de colocar pessoas na carreira pública. Também entrei na academia e voltei a jogar FIFA no PC. Porém, enquanto procurava um emprego, havia outras coisas na cabeça.

Desde 2001 eu sempre escrevia nos fóruns do GPTotal, melhor site de história automobilística no Brasil. Bastava acabar uma corrida de F1, eu corria para o computador e mandava email com a minha 'análise' da corrida recém terminada. Com mais tempo livre, pensei numa forma de me expressar mais. Veio então a ideia do blog e no dia 7 de fevereiro de 2007, abri uma conta no blogger e começou uma história com mais de 2.000 posts, milhares de visualizações e, o mais importante, a oportunidade de conhecer gente de ótima qualidade em todo o Brasil e no mundo.

A vida de qualquer cidadão muda um bocado em dez anos e a minha também mudou, assim como o blog. Lendo os primeiros posts, sem fotos, títulos e formatação, me veio uma viagem no tempo de como tudo era diferente e as pistas estão no parágrafo anterior. Cada vez menos se usa computador (prefere-se notebooks ou tablets) e email. Na época, entrava em comunidades do orkut para colocar links do blog nos murais alheios. Hoje, o blog tem sua própria página do Facebook.

A maturidade do blog e de quem escreve fica clara na medida em que há dez anos qualquer notícia virava um post. Surgiram as biografias e as corridas que aconteceram nas datas ao longo do ano. Nunca contei quantas corridas eu descrevi ou quantas biografias foram feitas, mas com certeza passam das centenas. A primeira biografia marcante feita foi do tetracampeão das 500cc Eddie Lawson e logo depois, a de Elio de Angelis. Foram surgindo algumas convenções e os posts passaram a ter mais criticidade, mesmo que o blog passasse alguns dias sem movimento.

Os contatos ao longo desse tempo todo me fizeram hoje um feliz colunista do GPTotal. A falta de tempo ou até mesmo o cansaço muitas vezes me faz desistir de fazer um post mais elaborado, mas lembro que dezenas de pessoas dedicam um pouco de tempo para ler o que escrevo e é por causa disso que o blog hoje completa dez anos, mas com a perspectiva de muitos anos vindouros. Num post que fiz sobre o começo da temporada 2007 de F1, disse que com todas as palavras para me cobrarem que Lewis Hamilton um dia seria campeão. E até hoje ninguém me cobrou!

Abraços a todos que comentam, interagem ou simplesmente visitam o blog!  

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O Frango Veloz

Ele chegou a ser referência à duas lendas brasileiras no automobilismo, mas ele esteve longe de sequer fazer próximo do que Senna e Piquet fizeram, principalmente na F1. Chico Serra foi uma estrela do automobilismo de base brasileiro no final da década de 1970 e foi cheio de moral para a Inglaterra, onde chegou a ganhar o conceituado campeonato de F3, mas esse foi praticamente seu último bom momento no automobilismo internacional, pois apenas faria número na F1 antes de retornar ao automobilismo brasileiro e recuperar um pouco do seu prestígio antes de ir para a Inglaterra. Completando 60 anos hoje, vamos conhecer um pouco de Chico Serra.

Francisco Adolpho Serra nasceu no dia 3 de fevereiro de 1957 em São Paulo e no começo dos anos 1970, o jovem começou a correr de kart, onde se tornou um dos melhores pilotos de sua geração, inclusive sendo referência a outro jovem kartista, três anos mais novo, que o acompanhava nas categorias interiores ao de Chico. Ayrton Senna, também uma estrela do kartismo paulistano, nunca correu contra Chico Serra numa mesma categoria, mesmo que muitos imaginavam que eles poderiam ter grandes batalhas. Cheio de títulos no kart, Serra debutou nos monopostos em 1976 na F-VW 1300 e após um bom campeonato, Serra se mandou para a Inglaterra. Meca do automobilismo na época, se dar bem nas categorias de base britânicas era um grande passo rumo à F1 e esse era o objetivo de Chico, que graças ao patrocínio da Sadia, era também conhecido como Frango Veloz.

Com fortes patrocínios e muito apoio, Chico Serra chegou na Inglaterra numa das principais equipes de base da ilha, a Van Diemen, de Ralph Firman. Mesmo pagando muitas contas da equipe, Serra rapidamente mostrou velocidade e se sagrou campeão inglês de F-Ford. Para 1978, Serra se gradua ao conceituado Campeonato Inglês, onde encontraria-se com outro brasileiro com quem teria uma grande rivalidade, principalmente fora das pistas. Chico Serra tinha uma ampla cobertura da imprensa nacional, que via no jovem de 21 anos o sucessor de Emerson Fittipaldi na F1 em breve, mas na Europa havia outro brasileiro, que tinha sido campeão na F-Super Vê e que tinha feito um bom ano na F3 Europeia, mas ninguém ligava para ele. O seu nome era Nelson Piquet. Conta a lenda que assim que soube que Serra iria participar da F3 Inglesa, Piquet saiu do certame Europeu, onde tinha boas chances de ser campeão, para disputar o campeonato inglês só para derrotar Serra. E foi justamente o que aconteceu! Serra sofreu um acidente grave que o deixou de fora boa parte da temporada, mas Piquet já dominava o campeonato e se sagrou campeão inglês de F3 em 1978. A forma arredia com que Nelson Piquet tratava a imprensa vem desde os tempos em que a mídia da época (jornais e revistas) preferiam acompanhar Chico Serra do que ele, mesmo Piquet mostrando mais resultados do que Chico.

Recuperado do seu acidente, Serra voltou com tudo para a F3 em 1979 e venceu o campeonato na equipe de Ron Dennis, que já ensaiava sua entrada na F1. Serra começava a receber convites para correr na F1 (vencer a F3 Inglesa normalmente era sinônimo de estar na F1 em pouco tempo naquela época), mas o brasileiro prefere ficar outro ano na equipe de Ron Dennis, mas na F2. O forte campeonato de base foi dominado pela Toleman em 1980, enquanto Serra até começou bem o campeonato, mas não repetiu as boas exibições e acabou o ano no pelotão intermediário. Já pensando na F1, Serra se envolve com a equipe Fittipaldi, que tinha esse nome porque a Copersucar tinha abandonado o barco no final de 1979, mostrando que as coisas na equipe não estavam muito boas, mas quem poderia resistir um convite de correr na equipe de Emerson Fittipaldi? Mesmo com o time minguando e na falta de melhores ofertas, Chico Serra assina um contrato com a Fittipaldi em 1981. Em reportagens da época, Wilsinho Fittipaldi falava em um novo patrocinador máster, mas isso nunca aconteceria. Mal financiado, a Fittipaldi sofreria nos seus últimos anos na F1 e sendo um piloto novato, Serra sofreria ainda mais. Ainda mais tendo ao seu lado um piloto arrojado como Keke Rosberg, que andava muito na frente de Serra em toda a temporada. A estreia de Chico na F1 foi boa, com um sétimo lugar em Long Beach, quase pontuando, mas aquela seria a única vez que Serra veria a bandeirada em 1981, abandonando em cinco oportunidades e não largando em outras nove.

No Grande Prêmio da Áustria, a Fittipaldi não correu por falta de peças, demonstrando o tamanho do buraco onde estava a equipe. Nomes como Peter Warr e Harvey Postlewaithe saíram do time, enquanto Keke Rosberg ia para a Williams ser campeão. Meio que por milagre, a Fittipaldi continua na F1 em 1982 e Chico Serra seria o único piloto da equipe. O que poderia ser uma vantagem, pois teria o time todo à sua disposição, Serra via o time definhando cada vez mais. O novo carro, o F9, era até bom, mas a equipe não tinha mais dinheiro para investir. Porém, 1982 veria Chico Serra como destaque em três oportunidades. Durante o triste Grande Prêmio da Bélgica, Serra consegue levar seu carro ao sexto lugar, marcando seu único ponto na carreira numa exibição notável. Nas primeiras voltas do Grande Prêmio da Inglaterra, Chico capota seu carro de forma espetacular, mas saía do veículo apenas tonto. Porém o melhor aconteceria durante os treinos do Grande Prêmio do Canadá. Tentando conseguir um bom tempo para entrar no grid, Serra teria sido atrapalhado pelo compatriota Raul Boesel e Chico acabaria fora da corrida. Irritado, ainda de capacete, Serra foi aos boxes da March e ao encontrar Boesel,os dois acabam se engalfinhando numa cena ao mesmo tempo grotesca e hilária. Ao fundo, poderia se ouvir 'Para Chico!' Com a Fittipaldi fechando as portas no final de 1982, Serra consegue um lugar na Arrows para 1983, mas sem patrocinadores, Chico teria apenas cinco corridas para mostrar serviço. Em Jacarepaguá, Serra chega a brigar por algumas voltas com a Ferrari de René Arnoux, mas às vésperas dos Grande Prêmio da Bélgica, Thierry Boutsen chegava com um bom aporte de dinheiro na Arrows e Chico Serra ficaria de fora da F1, desta vez definitivamente. Foram apenas 18 corridas e um ponto em Zolder.

Após sua experiência nada animadora na F1, Serra tentou o que todo piloto que saía da F1 pelas portas dos fundos fazia: recorria às corridas de Endurance. Ele participa de corridas eventuais, como os 1000 Km de Nürburgring e os 1000 Km de Kyalami. Em 1985 Chico se aventura na Indy, mas o paulista só participa de uma corrida em Portland. Na segunda metade dos anos 1980, Serra retorna ao automobilismo brasileiro, participando de corridas no Brasileiro de Marcas. Depois de passagens na F-Uno, Serra se estabiliza na Stock Car, conquistando três títulos consecutivos com o belo carro negro da Texaco. Quando seu filho Daniel começa sua caminhada no automobilismo, Chico começou a sair de cena, fazendo seu último campeonato na Stock em 2007. Chico Serra teve uma carreira vitoriosíssima no automobilismo brasileiro, mas que não teve reflexo no exterior.

Parabéns!
Chico Serra