segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

C36

Começando essa semana de muitas apresentações de carros para 2017, a Sauber mostrou o carro que celebra sua 25º temporada seguida na F1, mas se o azul sem patrocínios lembra um pouco o belo bólido negro que fez o time suíço estrear na F1 em 1993, as circunstâncias são bem diferentes. No já distante ano de 1993, a Mercedes bancava a equipe e a Sauber aproveitou a chance para se estruturar e praticamente caminhar sozinha a partir de 1995, se tornando uma das equipes mais longevas da F1 atual. Contudo, hoje o time vive de seguidos anos terríveis e o futuro não é dos mais animadores.

O novo C36 segue o caminho da Williams, onde as maiores diferenças visíveis estão nas asas e nos pneus mais largos, porém a Sauber mudou um pouco a pintura, pois a saída do Banco do Brasil significou também a saída dos detalhes amarelos do carro, que ficou bem parecido com a antiga Ligier, com um azul escuro e detalhes brancos, além de uma grafia sobre os 25 anos que a Sauber completa em 2017. Muitas vezes eu não entendo o motivo que certos dirigentes se mantém à frente de equipes e um desses dirigentes é Monisha Katelborn. Desde que a advogada hindu-austríaca assumiu a Sauber o time foi ladeira abaixo, tanto dentro como fora das pistas. Como não esquecer a presepada de 2015, onde Katelborn contratou seis pilotos para duas vagas? A Sauber sofre com uma pessoa sem a competência necessária e que só completou 2016 por causa de um obscuro fundo de investimento que apareceu para salvar a lavoura, que não apenas permitiu a Sauber terminar o ano, como também contratar um novo diretor técnico (Jorg Zander) e fazer algo básico: colocou os salários em dias. A Sauber lembrou os times brasileiros em tempos nada animadores...

Para tentar livrar a Sauber da última colocação, já que 2017 não haverá a Manor, a dupla de pilotos terá o já experiente Marcus Ericsson e a promessa Pascal Wehrlein. Conta-se que foram os patrocinadores de Ericsson que manteve a Sauber até agora e por isso ele ficou, no lugar do também piloto-pagante Felipe Nasr. De talento discutível, Ericsson terá outro piloto bastante promissor ao seu lado. Wehrlein é protegido da Mercedes, que o colocou na Sauber para ganhar ainda mais experiência para poder assumir o volante da Mercedes um dia, algo que Wehrlein quase conseguiu, com a aposentadoria surpresa de Nico Rosberg. Porém, o jovem alemão foi ultrapassado dentro das canteiras da Mercedes por Esteban Ocon e será interessante saber como Pascal saberá lhe dar com as adversidades que teve na segunda metade de 2016, mesmo o alemão ter mostrado muito talento. Para mostrar que continua vivo na luta por um lugar na Mercedes, Wehrlein terá que bater Ericsson com alguma facilidade. Algo que Nasr não conseguiu.

Com a esperança que Wehrlein faça um algo a mais, como ele fez na Manor, a Sauber parte para 2017 com o mesmo objetivo dos anos anteriores: sobreviver mais uma temporada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário