Muito se fala que George Russell usufrui de um imenso lobby da sempre influente imprensa britânica em sua luta para estar na Mercedes em 2022. Mesmo com a força dos jornalistas da ilha da velocidade, que foram capazes de, com suas opiniões, manterem pilotos medianos por vários anos a fio na F1, George Russell está fazendo por onde ser tão elogiado e conseguir seu lugar na Mercedes num futuro próximo. Em condições traiçoeiras em Spa, Russell ofuscou a briga entre Verstappen e Hamilton para ser o grande nome da complicada classificação desse sábado, ao colocar sua Williams na primeira fila, superado no último momento por Max Verstappen, que apesar da naturalidade holandesa, nasceu na Bélgica e garantiu a festa da torcida.
O dia de hoje foi bem típico de Spa, com o tempo mudando de sol tímido para tempestade em questão de minutos, fazendo com que os pilotos e engenheiros quebrassem a cabeça durante quase duas horas, que foi a duração da classificação. Se no Q1 não houveram grandes surpresas, a Ferrari acabou ficando de fora do Q3 mesmo com as ótimas voltas de Leclerc quando a pista estava muito molhada. Vindo de uma renovação de contrato por mais um ano, Alonso ficou no Q2, enquanto o último vencedor Ocon foi ao Q3. A Williams e Russell já tinham mostrado suas credenciais quando foram ao Q1 com pneus intermediários, enquanto os demais iam com pneus de chuva forte. George foi ao Q3 e Latifi quase conseguiu, mas o melhor de Russell ainda estava por vir.
Em meio a indas e vindas da chuva, no começo do Q3 estava com uma precipitação muito pesada e Norris, que liderara os treinos até ali, estampou com força sua McLaren na Eau Rouge, reascendendo alguns questionamentos sobre a mítica curva, além de um momento bem legal de Vettel, que tinha acabado de pedir bandeira vermelha pelo rádio e quando soube de um acidente muito forte na Eau Rouge, praticamente encostou seu Aston Martin ao lado do carro de Norris para se certificar que estava tudo bem com Lando.
Depois de algum tempo, o resto do Q3 aconteceu com muita troca de posições, mesmo com pouco tempo. E numa surpresa inimaginável, Russell apareceu com setores roxos no final do Q3. Ao cruzar a linha de chegada, o piloto da Williams era o pole com muita margem, mas logo atrás vinham Lewis e Max. Hamilton não fez um bom segundo setor e ficou milésimos atrás de George, mas Max acabou com a brincadeira e ficou com a pole. Para curiosidade geral, Bottas tomou 2,4s de Russell com um carro imensamente melhor e como fora punido, Valtteri largará amanhã na P13. As desculpas de Wolff para não contratar Russell já estão cessando. Na entrevista pós-classificação, Russell não parecia deslumbrado com sua incrível exibição, demonstrando que o inglês pensa alto e já merece isso. Amanhã a previsão do clima é o mesmo de hoje, ou seja, podemos ter outra corrida maluca em 2021.
5 acidentes graves numa diferença de 3 anos sendo uma delas fatal, os comissários "Jim Carrey" e o Michael Masi foram extremamente irresponsáveis de terem começado a sessão com aquela chuva, imagina se fosse numa corrida e alguém dar em cheio no Norris (isso aconteceu hj na F3).
ResponderExcluirNão tem condições, precisam fazer alguma coisa na Eau Rouge/Radillion para evitar uma outra tragédia por sinceramente, três acidentes feio no mesmo lugar é muito assustador