Poucas vezes a escolha dessa parte da coluna foi tão óbvia e clara. Ainda tentando se segurar na Mercedes em 2022, Bottas vai mantendo seu bom ritmo de classificação, andando próximo de Hamilton e muitas vezes ajudando a Mercedes na sua luta fratricida com a Red Bull nesse ano. Porém, assim como acontecia nos últimos anos, Bottas vem pecando em ritmo de corrida, mas em Hungaroring não foi possível verificar esse ponto fraco do finlandês da Mercedes. Até então, o final de semana na Hungria vinha sendo com pista seca e muito quente, mas a chuva resolveu aparecer no domingo e a pista estava levemente molhada na largada. Quando as cinco luzes vermelhas se apagaram, Bottas largou pessimamente da segunda posição, superado pelos dois carros da Red Bull que vinham na segunda fila. Lando Norris, terceiro colocado no Mundial de Pilotos e vindo de quinze corridas consecutivas pontuando, conseguiu colocar sua McLaren bem na frente de Bottas no aproche da primeira curva. Sem referências anteriores, com um carro repentinamente na sua frente e com o seu próprio carro pesado, Bottas apertou o pedal de freio como se não tivesse ninguém à sua frente ou com o piso seco ou ambos. O que aconteceu depois definiu os rumos da corrida, com Bottas enchendo a traseira de Norris, que foi jogado para cima do carro de Verstappen, enquanto Bottas encheu a lateral de Pérez. Um boliche de carros da Red Bull, com Pérez abandonando no local e Verstappen tendo que fazer setenta voltas com o carro toda arrebentado. Bottas abandonou no local e com todos os dedos apontados para ele, resultando numa punição de cinco posições no grid da próxima corrida. Um erro crasso para um piloto experiente e de ponta como Bottas, mas esse segundo adjetivo deve cair em pouco tempo. Está extremamente complicado a Mercedes explicar mais um ano de Bottas na equipe, ainda mais com George Russell fazendo ótimas corridas pela Williams.
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