No começo de sua carreira, Felipe Massa foi muito comparado à Nigel Mansell pelo fato do inglês não ter sido um primor de técnica, mas com sua valentia, agressividade e coragem, Nigel conseguia andar no mesmo nível das grandes estrelas de sua época. Assim foi Felipe Massa em seus já muitos anos de F1. Longe de ser o melhor piloto da F1 de sua geração, Massa sempre andou no limite e com sua pilotagem forte, teve um bom período enfrentando pilotos melhores do que ele de igual para igual, os superando algumas vezes. Como Mansell. E como Mansell, Felipe Massa parece conseguir poderes mágicos quando está correndo em casa. Esse final de semana em Interlagos mostrou um Felipe Massa forte como há muito tempo não se via, mas ainda assim cometendo presepadas dignas de pastelão. Como Mansell. Com a Mercedes basicamente imbatível nesse ano, Massa chegou a dar um susto nos carros prateados ao ficar menos de um décimo atrás do duo Rosberg-Hamilton no Q3 e se não fosse uma problemática última volta rápida, Felipe poderia dar um pouquinho mais de trabalho aos favoritos da Mercedes. Na corrida, com toda a torcida fazendo uma enorme festa para ele, Massa fez uma ótima largada e corria muito forte, algumas vezes no mesmo ritmo das Mercedes à sua frente, superando com alguma facilidade seu forte companheiro de equipe Bottas. Porém, a vida de Felipe não seria totalmente tranquila por trapalhadas do próprio brasileiro em dois dos seus três pit-stops, onde passou do limite de velocidade no primeiro momento e depois entrou no pit errado, confundindo os seus mecânicos com os da McLaren. Sorte que Bottas fez uma corrida ainda mais problemática e Massa foi soberbo na pista, conseguindo um emocionante pódio na frente de sua torcida, que invadiu a pista no melhor estilo Monza. A boa exibição de Massa demonstra do que o brasileiro é capaz num bom dia, relembrando seus tempos de 'Nigel' Massa. Pena que essas exibições são mais exceções do que regra.
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