Quando se lembram da segurança no automobilismo nos sangrentos anos 60 e 70, todos se lembram da luta de Jackie Stewart, mas se esquecem do sueco Jo Bonnier. Piloto apenas regular, mas extremamente culto e rico, Bonnier militou por vários anos no automobilismo mundial, seja na F1, seja nos carros esporte, onde conseguir resultados mais impactantes. Se fosse vivo, Joakim Bonnier estaria completando 85 anos hoje.
Sua luta por melhores condições de segurança começou quando Bonnier sofreu um seríssimo acidente em Ímola em 1958, quando o sueco foi jogado de sua Maserati, após uma capotagem. Após várias fraturas, Bonnier voltou ao automobilismo no ano seguinte para conseguir o que seria sua única vitória na F1 no Grande Prêmio da Holanda de 1959, com um desacreditado BRM. No início dos anos 1960, Bonnier foi um dos grandes líderes da GPDA (Grand Prix Drivers Association) e muitas vezes era o sueco que ia homologar pistas novas na F1. Mesmo com essa vitória surpreendente em 1958, Bonnier não teve uma carreira gloriosa na F1. Ele fez parte da equipe oficial que a Porsche montou no início dos anos 1960, conseguindo dois quinto lugares como melhor resultado. Após duas temporadas com a equipe de Rob Walker, Bonnier montou sua própria equipe de F1 em 1966, participando de forma integral, mas sem grandes resultados, até 1968, com um velho McLaren. Bonnier passou a se dedicar mais à GPDA, mas eventualmente participou de alguns eventos na F1 até 1971.
Já nos carros-esporte, Bonnier conseguiu mais destaque, incluindo uma vitória uma vitória nas 12 Horas de Sebring com uma Ferrari, ao lado de Lucien Bianchi, tio-avô de Jules Bianchi. Correndo também com sua equipe particular, Bonnier participou de várias corridas nessa categoria no final dos anos 1960, incluindo o mítico McLaren M6B, da Can-Am. Porém, foi correndo nesse tipo de carro, um Lola T280, que Jo Bonnier faleceu num acidente durante as 24 Horas de Le Mans. Aos 42 anos de idade, morria um dos pioneiros da segurança no esporte.
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