Apenas uma semana depois da apoteose em Indianapolis, a Indy promoveu uma rodada dupla no tradicional circuito de rua em Detroit, com patrocínio de Roger Penske. A Indy bem que deveria ter um mínimo de sensibilidade e dar um descanso para os times da Indy, além da própria categoria, porém... habemus corrida!
Desde os primeiros treinos era claro que dois pilotos tinham os carros mais rápidos em Detroit. Graham Rahal e Helio Castroneves, que corria praticamente em casa e tem uma relação especial com a pista, pois conseguiu sua primeira vitória em Detroit no já distante ano 2000. Eles largaram na primeira fila ontem, mas uma estratégia errada da Penske abriu caminho para Rahal vencer com muita facilidade, retornando às vitórias desde 2015, quando brigou pelo título. Rahal e Castroneves continuaram muito rápidos no domingo, mesmo que não largando na pole. Rahal largou em segundo, atrás do motivado Takuma Sato, vencedor das 500 Milhas, enquanto Helio era quarto.
Numa corrida praticamente sem bandeiras amarelas, a corrida foi decidida unicamente na pista e Graham Rahal ultrapassou Sato nos boxes e conseguiu uma inédita dobradinha em Detroit, entrando na briga pelo campeonato. Castroneves cometeu um erro de principiante (prestes a completar 42 anos...) ao ignorar Ryan Hunter-Reay, que havia acabado de ultrapassar, e furar o pneu. O piloto da Penske se recuperou e ainda garantiu um nono lugar, mas sua inconstância fez Helio perder a liderança do campeonato. Mesmo com o tornozelo inchado pelo gravíssimo acidente em Indianapolis, Dixon conseguiu um segundo lugar ontem e foi sexto hoje, garantindo a liderança mesmo sem vencer uma única corrida em 2017. Mas pelo o que está pilotando, não demorará para Dixon vencer.
Após uma corrida apática no sábado, os demais pilotos da Penske se recuperam hoje, com Josef Newgarden e Will Power completando o pódio, com Simon Pagenaud em quinto. A única bandeira amarela surgiu no finalzinho da prova com dois motores quebrados (Hinchcliffe e Spencer Pigot) neutralizando a prova, mas para evitar que a corrida terminasse em bandeira amarela, preferiram paralisar a corrida com bandeira vermelha. Tem quem goste e acho que sou a minoria que não aprova muito essa situação. Bandeira vermelha só deveria aparecer em casos especiais, não para trazer emoção ao final da corrida, situação que já ocorre bastante na Nascar. Vulgarizar a bandeira vermelha é o sinal dos tempos, onde o entretenimento as vezes supera o esportivo. Ainda bem que Graham Rahal, com um carro equilibradíssimo, não deu chances à Newgarden e Power, vencendo a prova com relativa facilidade.
A maratona da Indy não para e já na próxima semana teremos Texas, a corrida mais perigosa do ano. Com sete vencedores diferentes em oito corridas, a Indy permanece com sua competitividade usual e ser constante, como Dixon está fazendo, é providencial para quem quer conquistar o título.
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