Nesse meio de ano de 2017, muito se fala dos quinze anos da Copa do Mundo de 2002, na minha opinião, a pior dos últimos vinte anos, mesmo o Brasil vencendo. Como o blog fala de corridas, vamos voltar quinze anos no tempo e ver onde estava a Sauber. Um ano após descobrir Kimi Raikkonen e ter feito sua melhor temporada até então, a equipe suíça fazia um bom papel no pelotão intermediário, marcando alguns pontos em tempos onde só se pontuava até o sexto colocado.
O tempo passou, a Sauber foi comprada pela BMW e experimentou viver como grande, mas quando a marca bávara foi embora da F1 sem muito aviso, o time quase foi à falência, mas foi salva justamente por Peter Sauber, porém o veterano dirigente estava cansado de rodar o globo para marcar alguns pontos e entregou à equipe a seu homem de confiança. Corrigindo, sua mulher de confiança. Monisha Kalterborn estreou como chefe de equipe no final de 2012. Não é novidade que as mulheres vem se destacando cada vez mais em todos os setores da humanidade e não demorou muito para a hindu tivesse a companhia de Claire Williams no mesmo patamar.
Porém, é certeiro em afirmar que Kalterborn esteve longe de fazer um bom trabalho como chefe de equipe, com a Sauber saindo do seu patamar de equipe intermediária até chegar ao nível atual de equipe pequena. Não nos esqueçamos que durante a 'Era Monisha' a Sauber viveu o famoso imbróglio na abertura da temporada 2015, quando apareceram três pilotos contratados por ela para correr em Melbourne. E soube-se depois que Jules Bianchi também estava contratado, totalizando quatro pilotos para duas vagas. Patrocinadores foram embora e pilotos pagantes dominaram os últimos tempos da Sauber, principalmente com Marcus Ericsson e Felipe Nasr. O primeiro, tendo apoio de um investidor que não coloca seu nome nos carros, se tornou intocável, mesmo Ericsson estar longe de ser um talento.
Para 2017, Kaltenborn conseguiu Pascal Wehrlein emprestado da Mercedes e o alemão, muito bom e promissor, começou a colocar Ericsson no bolso. Resultado? Os investidores começaram a se incomodar e apesar de Monisha estivesse certa em tentar manter a igualdade dentro da Sauber, ela acabou demitida pelos novos donos da Sauber.
Mesmo certa nesse momento, o conjunto da obra de Monisha Kaltenborn nesses anos à frente da Sauber foi ruim, transformando uma equipe simpática e sólida num time onde um piloto pagante (e fraco) manda graças aos seus misteriosos investidores. Foi Monisha quem meter a Sauber nessa situação e ela acabou sendo a principal vítima.
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