O finlandês da Mercedes mostrou a todos na F1 sua incrível resiliência. Não bastasse ser segundo piloto de uma das equipes dominantes da F1, correndo contra alguém do nível de Lewis Hamilton, Bottas provou que desistir não está em seu dicionário esportivo. A corrida de Bottas parecia fadada ao fracasso ainda na segunda curva, quando novamente se envolveu num acidente com seu compatriota Kimi Raikkonen. Valtteri teve o pneu traseiro furado no começo de um circuito de seis quilômetros, tendo que se arrastar até aos boxes com o sensível assoalho batendo no asfalto. Com certeza, o seu Mercedes não ficou incólume a tamanho judiação e quando terminou de trocar o pneu e a asa dianteira, Bottas estava uma volta atrás de todos os seus concorrentes e em último. Parecia fim da linha para o nórdico, mas Valtteri nunca pensou em desistir e após um começo tão ruim, os fatores começaram a favorecê-lo, quando a entrada do safety-car permitiu ao menos que Bottas recuperasse a volta perdida. O piloto da Mercedes ainda estava fechando o pelotão, mas estava na mesma volta dos outros pilotos. As primeiras ultrapassagens, até pelo carro que tem, aconteceram ao natural, mas a briga entre os dois carros da Force India, a quebra do favorito Felipe Massa e, principalmente, o entrevero entre Hamilton e Vettel colocou Bottas numa situação em que estava subindo ao pódio. A já incrível corrida de recuperação de Bottas ainda não tinha terminado. Precisando andar rápido para se ver livre de Vettel, Bottas tirava mais de 1s do surpreendente segundo colocado Lance Stroll e quando se abriu a última volta, parecia que apenas um erro do novato canadense poderia fazer Bottas subir ainda mais. Não foi preciso. Bottas pegou o vácuo de Stroll e na linha de chegada, recebeu a bandeirada numa extraordinária segunda posição, após ter ficado em último a uma volta de todo mundo. Uma prova de que Valtteri Bottas tem uma resiliência e uma força mental acima da média.
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