Desde que a Chip Ganassi retornou à sua gloriosa parceria com a Honda esse ano, a Penske passou a reinar ainda mais destacada na Indy com a exclusividade do motor Chevrolet entre as equipes grandes da categoria. No belíssimo circuito de Road America, a Penske conseguiu a quadra com seus pilotos em dois treinos livres e na classificação, onde Helio Castroneves conquistou sua 50º pole. No entanto, o poderio da Penske não conseguiu superar o melhor piloto da Indy: Scott Dixon. O neozelandês da Ganassi fez outro milagre nesse domingo e passando por cima dos quatro carros da Penske venceu em Elkhart Lake e lidera o campeonato rumo ao pentacampeonato.
Depois das corridas em Assen e em Baku, a prova de Road America destoou um pouco, mas não deixou de ser uma corrida boa de se assistir, bastante técnica e com apenas duas bandeiras amarelas, já na metade final da prova. Sem vencer desde 2014, Castroneves era o favorito e parecia ter o apoio dos seus companheiros de equipe para sair da seca. Will Power e Simon Pagenaud apenas se preocuparam em defender Helio e Josef Newgarden na primeira fila na largada. Porém, Dixon já começava o cerco contra os carros da Penske ao ultrapassar Pagenaud e atacar Power no começo da prova. Num circuito longo e seletivo, a estratégia foi essencial e os pilotos que não gostam desse tipo de corrida foi se perdendo, casos de Helio e Power. O brasileiro ainda consegue boas posições de grid, até mesmo pela equipe que tem, mas seu ritmo de corrida é sempre abaixo do que Castroneves faz no sábado e já na primeira parada ele perdeu posição para Newgarden e depois para Dixon.
A corrida era Dixon x Penske. E o neozelandês usou seu talento para superar a força da Penske e vencer no Wisconsin, mesmo tendo que se defender dos ataques de Newgarden na última relargada, quando faltavam poucas voltas. A primeira volta de Dixon após a relargada definiu a parada, pois os 2s que abriu para Josef foram suficientes para segurar o jovem americano, que tinha mais 'push-to-pass'. Castroneves ainda cometeu o incrível vacilo de entrar nos boxes na volta errada e estava prestes a ser ultrapassado pelos companheiros de equipe quando a bandeira amarela o salvou de ter que passar o final da prova economizando combustível e o brasileiro ainda salvou um terceiro lugar, à frente de Pagenaud e Power. Pior sorte teve Tony Kanaan. Não bastasse ser o pior carro da Ganassi, Tony ainda bateu forte, trazendo a segunda bandeira amarela. Pode-se afirmar que a situação de Kanaan dentro da Ganassi começa a ficar preocupante na medida em que, ok, ficar atrás de Dixon, o melhor piloto da atualidade, mas levar pau de Max Chilton e Charlie Kimball pega muito mal...
Scott Dixon não se preocupa em nada com a situação do seu companheiro de equipe e mesmo chegando à Road America na liderança do campeonato, ainda não havia vencido em 2017, tabu que quebrou hoje com uma pilotagem primorosa, onde superou carros melhores do que o seu em situações limite. Agora mais folgado na ponta do campeonato, Dixon pode começa a pensar no penta.
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