Em 2006 e 2007, a F-Truck veio correr aqui em Fortaleza e fiz questão de pagar 50 reais para ver a categoria mais popular do Brasil no circuito do Eusébio. Na primeira edição, fiquei debaixo de chuva, na saída da curva um, enquanto no ano seguinte, fiquei na arquibancada protegido do sol forte, no final da reta. Foram duas boas atrações e que teve um bom público na ocasião. Apesar da Stock-Car se dizer a melhor do Brasil, bastava prestar um pouco mais de atenção para ver que a Truck era superior à Stock em termos de público e tecnicamente falando, com montadoras realmente investindo em equipes oficias e com caminhões bastante potentes e modernos.
A morte de Aurélio Batista Félix fez com que a categoria fosse comandada pela viúva do grande promotor da Truck. Foi um declínio longo, mas contínuo. O público ainda era grande e as corridas passavam ao vivo na TV Bandeirantes, mas não havia o mesmo apelo de antes. Haviam notícias de insatisfação com o comando da Truck e no início desse ano, as principais equipes e pilotos abandonaram a categoria, criando a Copa Truck. Restou à F-Truck alguns caminhões pilotados por pilotos de categoria duvidosa. Quando o tetracampeão Wellington Cirino correu, a vantagem foi estarrecedora para os demais pilotos. A Copa Truck conseguiu logo um acordo valioso com a Sportv, enquanto a F-Truck não tinha praticamente nada.
Hoje, a F-Truck anunciou que suspendeu a temporada 2017 e mesmo falando em 2018, não há razão para acreditar que a categoria retornará ano que vem, substituída pela Copa Truck, que irá correr por aqui nos próximos meses. O combalido automobilismo brasileiro perdeu sua maior categoria e mesmo substituída por uma similar, ainda não está no mesmo nível do auge da F-Truck. Correndo agora sozinha, se espera que a Copa Truck ao menos reviva a antecessora em termos de sucesso de público e crítica.
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