quinta-feira, 2 de agosto de 2018

História: 20 anos do Grande Prêmio da Alemanha de 1998

Quando as mudanças de regulamento foram anunciadas para a temporada 1998, com os carros teoricamente ficando mais lentos do que em 1997, havia um circuito que todos esperavam que acontecesse exatamente o contrário. Como os carros ficaram mais estreitos, a penetração aerodinâmica poderia fazer os carros voarem nas longas retas de Hockenheim e mesmo com os pneus frisados, pela primeira vez em 1998 os carros estavam mais rápidos do que da geração anterior.

E quem conseguiu essa proeza foi Mika Hakkinen, superando por milésimos a pole de Gerhard Berger no ano anterior. Correndo praticamente em casa, pela proximidade da sede da Mercedes, a McLaren dominou inteiramente o final de semana e Coulthard completou a dobradinha da McLaren-Mercedes no grid. Relembrando um pouco seus tempos em que brigava pela vitória, Jacques Villeneuve ficou em terceiro, com um tempo muito próximo de Coulthard. Assim como ocorrera em 1997, a Ferrari simplesmente não se acertou em Hockenheim e para piorar, Michael Schumacher foi decisivamente atrapalhado por Pedro Paulo Diniz em sua volta mais rápida na classificação, o relegando ao nono lugar, superado inclusive pelo seu companheiro de equipe Irvine.

Grid:
1) Hakkinen (McLaren) - 1:41.838
2) Coulthard (McLaren) - 1:42.347
3) Villeneuve (Williams) - 1:42.365
4) R.Schumacher (Jordan) - 1:42.994
5) Hill (Jordan) - 1:43.183
6) Irvine (Ferrari) - 1:43.270
7) Wurz (Benetton) - 1:43.341
8) Fisichella (Benetton) - 1:43.369
9) M.Schumacher (Ferrari) - 1:43.459
10) Frentzen (Williams) - 1:43.467

O dia 2 de agosto de 1998 amanheceu nublado e abafado em Hockenheim, mas não havia previsão de chuva na hora da corrida, aumentando ainda mais o favoritismo da McLaren-Mercedes. Mesmo com Schumacher sendo um grande ídolo dos alemães, não faltava torcida para a Mercedes e por consequência, à McLaren, Hakkinen e Coulthard, numa mistura de cores nas lotadas arquibancadas do Estádio. E as bandeiras da estrela de três pontas tremularam quando a dupla da McLaren largou muito bem, não dando chances aos pilotos mais próximos dos carros prateados. Villeneuve largou mal e foi ultrapassado pela dupla da Jordan, enquanto Schumacher foi atrapalhado pela Benetton parada de Wurz bem à sua frente.

Durante a primeira volta Villeneuve ultrapassou seu antigo companheiro de equipe para ficar em quarto, enquanto Schumacher ganhava a sétima posição de Fisichella. Na frente, as McLarens já imprimiam um ritmo avassalador e muito superior aos adversários. A corrida parecia ganha já no final da primeira volta. Ralf Schumacher ainda acompanhava à distância Coulthard, enquanto seu irmão mais velho deixava, sem surpresas, Irvine para trás e assumir a sexta posição. Ralf é o primeiro a parar, indicando que seu bom ritmo era devido a uma estratégia de duas paradas, enquanto a maioria dos pilotos esperou a metade da corrida para completarem o tanque e executar a tática de uma parada. No final da volta 29 Ralf Schumacher completou sua segunda parada e retornou à pista imediatamente atrás do seu irmão. Afora o alemão da Jordan, as posições permaneciam praticamente as mesmas do final da primeira volta.

A McLaren tinha um receio de que nem todo o combustível de Hakkinen tinha entrado no tanque e por isso pediu a seus dois pilotos para diminuírem bem o ritmo, permitindo a aproximação de Villeneuve, mas o canadense não tinha a mesma velocidade nas retas para deixar os retardatários para trás e perdia tempo nos momentos decisivos de ataque. Coulthard cumpria candidamente o papel de escudeiro de Hakkinen, enquanto Hill e os irmãos Schumacher vinham a seguir separados por poucos segundos, mas sem possibilidade de ataque. Quando a bandeirada foi dada, a McLaren pôde respirar aliviada com mais uma dobradinha da equipe e Hakkinen voltando a abrir bons pontos no campeonato, com Schumacher apenas em quinto. Quem também respirou aliviado foi o público, pois terminava uma corrida onde praticamente nada aconteceu, provando que o antigo circuito de Hockenheim tinha uma identidade própria, mas a maioria das corridas não eram nada empolgantes.

Chegada:
1) Hakkinen
2) Coulthard
3) Villeneuve
4) Hill
5) M.Schumacher
6) R.Schumacher

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