Sábado de manhã Nico Hulkenberg tomava um tardio café da manhã em Colônia. A programação do alemão para aquele dia era comentar pela TV local a corrida de Nurburgring, que ficava apenas quilômetros de onde estava. Por isso, Hulkenberg tinha feito os tais testes do Covid-19 e estava com tudo em dia para entrar no autódromo, mesmo que sem direito a estar no grid. Nos dias anteriores, Helmut Marko tinha lhe procurado para substituir Albon, cujo teste para o Covid-19 tinha dado como inconclusivo, mas tudo não passou de um alarme falso. Hulk conversava animadamente com um amigo, quando seu celular tocou. Quando viu a tela do seu smartphone, apareceu o nome de Otmar Szafnauer. 'O que esse cara quer comigo?', deve ter pensado Hulkenberg. Do outro lado da linha, o chefe da Racing Point pedia que Hulkenberg fosse de imediato para a pista. Era praticamente uma emergência. Otmar pediu que Hulk fosse de capacete, mas o alemão só tinha o antigo casco onde corria com a Renault no ano passado. E a credencial? Chegando no autódromo, tudo se resolvia! Como não havia muito público, Hulkenberg não demorou para chegar em Nurburgring. Achou estranho o mal cheiro no banheiro da equipe, mas ao entrar no boxes da Racing Point, ele foi avisado que Lance Stroll estava incapacitado e que por isso, ele entraria no final de semana direto na classificação. A última vez que Hulkenberg havia estado em Nürburgring com um F1 fora em 2013, num carro totalmente diferente. Tendo feito apenas quatro voltas rápidas no TL3, Hulkenberg foi para a classificação e só conseguiu a última posição. Ainda se re-acostumando com as pessoas com quem trabalhou em Silverstone, Hulkenberg teve outro final de semana maluco, mas no domingo mostrou o motivo de ser tão requisitado na F1, com uma corrida segura rumo aos pontos, terminando num oitavo lugar onde sequer havia testado como todos os outros pilotos. Resta dúvidas de que Hulkenberg merece um lugar na F1?
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