Quando terminava de escrever o post sobre a classificação do Grande Prêmio da Bélgica, uma notícia dava conta de uma sério acidente na F2. Claro que isso chamou minha atenção, mas quando vi as primeiras imagens, um frio atravessou toda a minha espinha. Um acidente na Eau Rouge sempre será uma pancada forte, basta lembrar os acidentes com os pilotos da BAR vinte anos atrás ou, voltando ainda mais no tempo, o acidente fatal de Stefan Bellof. Mas um acidente em 'T' nesse local era um prenúncio de que as notícias a seguir não seriam boas.
Alguns minutos se passaram antes que a FIA colocasse em todas as suas redes sociais a confirmação da morte de Anthoine Hubert, de 22 anos de idade, em decorrência do grave acidente deste sábado. Cria do automobilismo de base francês, Hubert tinha uma carreira brilhante e com títulos na F4 e GP3. Mesmo não liderando em seu primeiro ano na F2, o jovem francês havia sido contratado pela Renault e o futuro de Hubert prometia bastante. Num acidente em que não se pôde identificar culpados, Hubert bateu na proteção de pneus na Eau Rouge e acabou colhido por Juan Manuel Correa (que está hospitalizado). O carro de Hubert foi atingido em cheio por Correa. As imagens fortíssimas, junto com a falta de informações e o cancelamento da prova eram claros indicativos de que a situação de Anthoine Hubert não era nada boa.
Mesmo levado de helicóptero para o hospital, Anthoine Hubert faleceu.
Desde o trágico final de semana em Ímola vinte e cinco anos atrás, um piloto não morria num final de semana de F1 (Bianchi morreu nove meses depois do seu acidente). Muitas vezes nos pegamos fazendo troça do automobilismo atual e que os pilotos de hoje são todos 'Nutella'. Por mais que a segurança esteja cada vez mais reforçada, o lema 'Motorsport is dangerous' não pode ser esquecido jamais.
Assim como jamais deveremos esquecer de Anthoine Hubert.
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