sexta-feira, 19 de março de 2021

História: 15 anos do Grande Prêmio da Malásia de 2006

 


Uma semana depois da abertura da temporada no Bahrein, a F1 teve que se virar para levar todo o seu circo para o sudeste asiático e enfrentar o tradicional e forte calor malaio. Se a Ferrari incomodou bastante a Renault de Fernando Alonso no Oriente Médio, em Sepang foi um pouco diferente, com Schumacher e Massa perdendo dez e vinte posições respectivamente por trocas de motor, algo que David Coulthard, Ralf Schumacher e Rubens Barrichello também tiveram que enfrentar, fazendo com que o grid ficasse bem embaralhado.

A primeira sessão da classificação não viu surpresas com os nocautes dos pilotos de Super Aguri, Midland e Toro Rosso, enquanto o Q2 viu Barrichello e Trulli ficarem pelo caminho. No Q3 o motor de Ralf Schumacher estourou, enquanto Fernando Alonso só conseguiu o 7º lugar depois de um problema com o cálculo de combustível da Renault. A dupla da McLaren compartilharia a terceira fila, mas eram considerados favoritos por estarem mais pesados, devido à confusa classificação da época. A surpresa ficou com a Williams, com seus dois pilotos ficando com os quarto e quinto melhores tempos, mas com a punição de Michael Schumacher, os carros azuis compartilhariam a segunda fila, com Nico Rosberg conseguindo uma ótima terceira posição logo em sua segunda corrida na F1. Jenson Button parecia que ficaria com a pole, mas Giancarlo Fisichella superou o inglês na sua última volta e ficou com a pole, mostrando o momento de domínio da Renault naquele início de 2006.

Grid:

1) Fisichella (Renault) - 1:33.840

2) Button (Honda) - 1:33.866

3) Rosberg (Williams) - 1:34.626

4) Webber (Williams) - 1:34.672

5) Montoya (McLaren) - 1:34.916

6) Raikkonen (McLaren) - 1:34.983

7) Alonso (Renault) - 1:35.747

8) Klien (Red Bull) - 1:38.715

9) Trulli (Toyota) - 1:34.702

10) Villeneuve (BMW) - 1:34.752


O dia 19 de março de 2006 estava quente e úmido, como normalmente acontece em Kuala Lumpur, mas o dia estava ligeiramente mais fresco do que nos outros dias, enquanto havia a permanente previsão de chuva para a qualquer momento, mas a chuva acabou não aparecendo. Quando as luzes vermelhas se apagaram, os protagonistas da primeira fila saíram sem problemas, mas logo atrás ficou conhecido uma outra faceta de Fernando Alonso: um ótimo largador. O espanhol saiu muito bem e logo deixou para trás as duas McLarens. Um pouco mais à frente, os carros da Williams se preocuparam unicamente em atacar um ao outro, fazendo com que Alonso mergulhasse por fora para chegar ao terceiro lugar.


Na primeira volta Kimi Raikkonen foi atingido por Klien e acabou tendo a suspensão traseira quebrada, sendo o primeiro abandono do dia, além de reforçar a fama de pé-frio. Houveram pilotos que como Alonso ganharam muitas posições, como Schumacher, Coulthard, Massa e Barrichello. Espremido pelo próprio companheiro de equipe, Rosberg caiu para sétimo e rapidamente ultrapassou seu compatriota Heidfeld, mas a corrida do piloto da Williams só duraria seis voltas, quando o motor Cosworth quebrou. Mark Webber pressionava Alonso pela terceira posição, mas sua precoce parada indicava que o australiano estava muito leve na largada, enquanto Fisichella abria uma boa vantagem sobre Button. O dia da Williams terminou na décima volta, com Webber saindo com problemas hidráulicos. Fisichella pararia na volta 17, seguido por Button na volta seguinte. Alonso ficou mais sete voltas na pista antes de entrar para a sua primeira parada, retornando logo atrás de Button. Massa é um dos últimos a parar, chegando a ser quarto, com Barrichello em sexto, mas na metade da prova os brasileiros pararam, contudo, Barrichello acabaria punido por excesso de velocidade nos boxes.


Na volta 38 Fisichella e Button abriram a segunda rodada de paradas, mas o inglês acabou atrapalhado por retardatários, perdendo um precioso tempo. Alonso parou cinco voltas depois e emergiu na frente de Button, mas 11s atrás de Fisichella. A dobradinha da Renault estava feita, mas a diferença era talvez grande demais para uma troca de posições. Heidfeld vinha em um bom quinto lugar quando seu motor BMW quebrou, sendo o último abandono do dia. Michael Schumacher fez sua última parada com onze voltas para o fim, retornando à pista em sexto, logo atrás de Massa. O alemão tentou um ataque, que foi rechaçado por Massa. Haveria uma troca de posições na Ferrari? Apesar das especulações, Massa manteve a posição, algo que surpreendeu a muitos na época. Depois das paradas, a corrida ficou estática e Fisichella conseguiu sua terceira e última vitória na F1. Alonso completou a dobradinha da Renault e já abria uma interessante vantagem no campeonato, enquanto Button completava o pódio, com Montoya terminando num discreto quarto lugar. Fisichella sempre cobrava que se tivesse um bom equipamento, ele poderia vencer com regularidade na F1, porém, a falta de consistência do italiano fez com que vitórias como a de quinze anos atrás fossem mais exceções do que regra.

Chegada:

1) Fisichella

2) Alonso

3) Button

4) Montoya

5) Massa

6) M.Schumacher

7) Villeneuve

8) R.Schumacher

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