segunda-feira, 22 de março de 2021

Que pena...

 


John Colum Crichton-Stuart, o sétimo Marquês de Bute. Era com esse nome pomposo que um jovem piloto escocês começou sua carreira no automobilismo inglês, sem chamar muito atenção. Até para esconder sua ascendência real, passou a usar o sobrenome Dumfries. Logo Johnny Dumfries se destacou e venceu o prestigiado campeonato inglês de F3 em 1984. Em 1986 se envolveu numa polêmica negociação para preencher o segundo carro da Lotus e nessa temporada Dumfries fez seu único ano na F1, correndo ao lado de Ayrton Senna. Foi uma temporada tão ruim que Dumfries pensou em se aposentar, mas ele resolveu continuar no automobilismo, como piloto de testes da Benetton e indo para o Endurance, onde conseguiria seu maior prêmio ao vencer as 24 Horas de Le Mans em 1988. Muitos falam de Johnny Dumfries como o piloto que entrou no lugar do vetado Derek Warwick para ser massacrado pelo talento estonteante de Ayrton Senna dentro da Lotus. Porém, Johnny não precisava estar lá. Como membro da realeza escocesa, Johnny poderia ficar em alguma castelo no norte das ilhas britânicas, mas preferiu realizar o sonho de ser piloto sem usar sua fortuna, inclusive sendo motorista da van da equipe Williams em seu começo de carreira. Não foi um piloto virtuoso, mas Johnny Dumfries foi dono de uma carreira peculiar. Hoje à tarde, com apenas 62 anos de idade, o Marquês de Bute nos deixou de forma precoce, indo acertar carros no céu, quem sabe trocando algumas ideias com Senna e Peter Warr para melhorar a Lotus 95T. 

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